ESTUDO
SEMANAL
29 JUNHO
2013
CHUKAT
= “ESTATUTO”
LEITURAS
BÍBLICAS
(Números 19:1 - 22:1).
(Juízes
11:1–33).
(João
3:10-21).
Números 19:1 - 22:1
1 Disse também o SENHOR a Moisés e a Arão:
2 “Esta é uma exigência da lei que o SENHOR
ordenou: Mande os israelitas trazerem uma novilha vermelha, sem defeito e sem
mancha, sobre a qual nunca tenha sido colocada uma canga.
3 Vocês a darão ao sacerdote Eleazar; ela
será levada para fora do acampamento e sacrificada na presença dele.
4 Então o sacerdote Eleazar pegará um pouco
do sangue com o dedo e o aspergirá sete vezes, na direção da entrada da Tenda
do Encontro.
5 Na presença dele a novilha será queimada: o
couro, a carne, o sangue e o excremento.
6 O sacerdote apanhará um pedaço de madeira
de cedro, hissopo e lã vermelha e os atirará ao fogo que estiver queimando a
novilha.
7 Depois disso o sacerdote lavará as suas
roupas e se banhará com água. Então poderá entrar no acampamento, mas estará impuro
até o cair da tarde.
8 Aquele que queimar a novilha também lavará
as suas roupas e se banhará com água, e também estará impuro até o cair da
tarde.
9 “Um homem cerimonialmente puro recolherá as
cinzas da novilha e as colocará num local puro, fora do acampamento. Serão
guardadas pela comunidade de Israel para uso na água da purificação, para a
purificação de pecados.
10 Aquele que recolher as cinzas da novilha
também lavará as suas roupas, e ficará impuro até o cair da tarde. Este é um
decreto perpétuo, tanto para os israelitas como para os estrangeiros
residentes. (Nm 19:1-10 – NVI).
Comentário
da Torah:
“O
preceito da vaca inteiramente vermelha é uma Lei denominada Chucá, isto é, uma
sentença de Deus, a qual devemos observar sem discussões, mesmo que não nos
seja dado compreender as razões pelas quais foi instituída. Os preceitos de não
acender fogo no sábado, não vestir lã e linho juntos, não cozinhar o cabrito
com o leite de sua mãe e muitos outros fazem parte desta classe de Lei”.
Como vimos, esta passagem bíblica é
considerada pelos Rabinos e Sábios judaicos como uma das mais difíceis de
entendimento, esta incluída nos mandamentos (Mitzvot) que devem ser obedecidos mesmo
sem entendimento, somente por obediência a Torah.
A razão principal é o fato de que toda a
Torah deve ser estudada e entendida à luz da revelação de Jesus Cristo, vejamos
o que disse Cristo:
12
“Tenho ainda muito que lhes dizer, mas vocês não o podem suportar agora.
13
Mas quando o Espírito da verdade vier, ele os guiará a toda a verdade. Não
falará de si mesmo; falará apenas o que ouvir, e lhes anunciará o que está por
vir.
14
Ele me glorificará, porque receberá do que é meu e o tornará conhecido a vocês.
15
Tudo o que pertence ao Pai é meu. Por isso eu disse que o Espírito receberá do
que é meu e o tornará conhecido a vocês. (João 16:12-15).
Nesta passagem e em outras entendemos que a
Escritura somente pode ser entendida com a ajuda do Espírito Santo, depender
somente da letra leva a morte:
Ø Ele nos capacitou para sermos ministros de uma
nova aliança, não da letra, mas do Espírito; pois a letra mata, mas o Espírito
vivifica. (2 Cor 3:6).
É muito importante os discípulos de Jesus
Cristo entenderem o divisor de águas entre o Judaísmo tradicional e a Igreja,
este com valores valiosos e com verdades eternas, mas só o Cristianismo pode
compreender a revelação da Palavra de Deus.
Quando se fala em restauração lamentavelmente
muitos no desejo sincero desta busca caem no engano de voltar ao ponto da
tradição, chegando muitas vezes ignorar a Pessoa de Jesus Cristo e Sua Obra
maravilhosa completada necessariamente na Cruz onde foi nos substituir para nos
trazer de volta à família de Deus. Aleluia!
É muito importante estudar os Sábios Rabínicos
e toda a literatura judaica, mas não podemos nos descuidar que todo o ensino
tem que passar pelo crivo de Jesus Cristo e dos apóstolos do Novo Testamento
(Nova Aliança).
Tenho notado que para alguns os dois mil anos
de historia do Cristianismo deve ser ignorado e se firmam apenas na história do
povo Hebreu até a humanidade de Jesus.
Erros ocorreram e continuarão a ocorrer, mas outro
erro também muito grande é atribuir ao acaso à continuidade da historia da
humanidade.
O Eterno Deus sempre teve e terá a Soberania
e o controle de todas as coisas. Temos visto nos relatos bíblicos a Sua
intervenção providencial quando havia risco do homem extrapolar o seu limite,
haja vista a título de exemplo, “a contaminação dos ‘filhos de Deus com as
filhas dos homens – Gn 6, a Torre de Babel – Gn 11, a preservação de Um
Remanescente Fiel em todos os tempos e ainda, mesmo em desobediência, Ele
promete manter a Sua Aliança (Ez 16), etc.
A Revelação é progressiva basta estudar os
profetas da primeira Aliança e conferir e verificarmos que não haveria
condições de entender muitas profecias sem a “Luz” do Novo Testamento.
Apenas um exemplo bem simples para corroborar
com o que estamos escrevendo:
1
“Quando Israel era menino, eu o amei, e do Egito chamei o meu filho.
2
Mas, quanto mais eu o chamava, mais eles se afastavam de mim. Eles ofereceram
sacrifícios aos baalins e queimaram incenso para os ídolos esculpidos.
3
Mas fui eu quem ensinou Efraim a andar, tomando-o nos braços; mas eles não
perceberam que fui eu quem os curou.
Este texto bíblico está falando a respeito de
quem? Resposta:
13 Depois que partiram, um anjo do
Senhor apareceu a José em sonho e lhe disse: “Levante-se, tome o menino e sua
mãe, e fuja para o Egito. Fique lá até que eu lhe diga, pois Herodes vai
procurar o menino para matá-lo”.
14 Então ele se levantou, tomou o
menino e sua mãe durante a noite, e partiu para o Egito,
15
onde ficou até a morte de Herodes. E assim se cumpriu o que o Senhor tinha dito
pelo profeta: “Do Egito chamei o meu filho”. (Mt 2:13-15).
Dizer que este versículo foi acrescentado ou houve
aqui uma interpolação é muito perigoso, colocamo-nos no lugar do Espírito Santo
para julgar as Escrituras Sagradas.
Com relação à revelação quero dar mais um
exemplo:
“A Parashá Chukat fala sobre o mandamento
mais misterioso de todos ‘Chukat há Torá’ (o ENIGMA da Torá); a VACA VERMELHA.
As cinzas dessa vaca vermelha, quando
preparadas e usadas propriamente, negavam a ‘impureza’ da morte. O enigma é que
‘purificava o que estava impuro e impurificava o que estava puro’. Noutras
palavras, como podem as mesmas cinzas purificar quem estava impuro e ao mesmo
tempo impurificar o Cohen que faz a purificação”?!
Algo tão complexo (e o é), mas, ao mesmo
tempo, tão simples para aqueles que conhecem a Obra Vicária de Jesus, que se
tornou maldição para que a benção de Abraão viesse aos gentios.
13
Cristo nos redimiu da maldição da Lei quando se tornou maldição em nosso lugar,
pois está escrito: “Maldito todo aquele que for pendurado num madeiro”.
14
Isso para que em Cristo Jesus a bênção de Abraão chegasse também aos gentios,
para que recebêssemos a promessa do Espírito mediante a fé. (Gl 3:13-14).
4
Certamente ele tomou sobre si as nossas enfermidades e sobre si levou as nossas
doenças; contudo nós o consideramos castigado por Deus, por Deus atingido e
afligido.
5
Mas ele foi transpassado por causa das nossas transgressões, foi esmagado por
causa de nossas iniqüidades; o castigo que nos trouxe paz estava sobre ele, e
pelas suas feridas fomos curados.
6
Todos nós, tal qual ovelhas, nos desviamos, cada um de nós se voltou para o seu
próprio caminho; e o Senhor fez cair sobre ele a iniqüidade de todos nós. (Is
53:4-6).
6
que, embora sendo Deus, não considerou que o ser igual a Deus era algo a que
devia apegar-se;
7
mas esvaziou-se a si mesmo, vindo a ser servo, tornando-se semelhante aos
homens.
8
E, sendo encontrado em forma humana, humilhou-se a si mesmo e foi obediente até
a morte, e morte de cruz!(Fl 2:6-8).
13
Quando vocês estavam mortos em pecados e na incircuncisão da sua carne, Deus os
vivificou com Cristo. Ele nos perdoou todas as transgressões,
14
e cancelou a escrita de dívida, que consistia em ordenanças, e que nos era
contrária. Ele a removeu, pregando-a na cruz,
15
e, tendo despojado os poderes e as autoridades, fez deles um espetáculo
público, triunfando sobre eles na cruz. (Cl 2:13-15).
11
Se fosse possível alcançar a perfeição por meio do sacerdócio levítico (visto
que em sua vigência o povo recebeu a Lei), por que haveria ainda necessidade de
se levantar outro sacerdote, segundo a ordem de Melquisedeque e não de Arão?
12
Certo é que, quando há mudança de sacerdócio, é necessário que haja mudança de
lei.
13
Ora, aquele de quem se dizem estas coisas pertencia a outra tribo, da qual
ninguém jamais havia servido diante do altar, (Hb 7:11-13).
E FINALMENTE – Hebreus
9:11-28
11
Quando Cristo veio como sumo sacerdote dos benefícios agora presentes, ele
adentrou o maior e mais perfeito tabernáculo, não feito pelo homem, isto é, não
pertencente a esta criação.
12
Não por meio de sangue de bodes e novilhos, mas pelo seu próprio sangue, ele
entrou no Santo dos Santos, de uma vez por todas, e obteve eterna redenção.
13
Ora, se o sangue de bodes e touros e as cinzas de uma novilha espalhadas sobre
os que estão cerimonialmente impuros os santificam, de forma que se tornam
exteriormente puros,
14
quanto mais o sangue de Cristo, que pelo Espírito eterno se ofereceu de forma
imaculada a Deus, purificará a nossa consciência de atos que levam à morte,
para que sirvamos ao Deus vivo!
15
Por essa razão, Cristo é o mediador de uma nova aliança para que os que são
chamados recebam a promessa da herança eterna, visto que ele morreu como
resgate pelas transgressões cometidas sob a primeira aliança.
16
No caso de um testamento, é necessário que se comprove a morte daquele que o
fez;
17,
pois um testamento só é validado no caso de morte, uma vez que nunca vigora
enquanto está vivo quem o fez.
18
Por isso, nem a primeira aliança foi sancionada sem sangue.
19
Quando Moisés terminou de proclamar todos os mandamentos da Lei a todo o povo,
levou sangue de novilhos e de bodes, e também água, lã vermelha e ramos de
hissopo, e aspergiu o próprio livro e todo
o
povo, dizendo:
20
“Este é o sangue da aliança que Deus ordenou que vocês obedeçam”.
21
Da mesma forma, aspergiu com o sangue o tabernáculo e todos os utensílios das
suas cerimônias.
22
De fato, segundo a Lei, quase todas as coisas são purificadas com sangue, e sem
derramamento de sangue não há perdão.
23
Portanto, era necessário que as cópias das coisas que estão nos céus fossem
purificadas com esses sacrifícios, mas as próprias coisas celestiais com
sacrifícios superiores.
24
Pois Cristo não entrou em santuário feito por homens, uma simples representação
do verdadeiro; ele entrou nos céus, para agora se apresentar diante de Deus em
nosso favor;
25
não, porém, para se oferecer repetidas vezes, à semelhança do sumo sacerdote
que entra no Santo dos Santos todos os anos, com sangue alheio.
26
Se assim fosse, Cristo precisaria sofrer muitas vezes, desde o começo do mundo.
Mas agora ele apareceu uma vez por todas no fim dos tempos, para aniquilar o
pecado mediante o sacrifício de si mesmo.
27
Da mesma forma, como o homem está destinado a morrer uma só vez e depois disso
enfrentar o juízo,
28
Assim também Cristo foi oferecido em sacrifício uma única vez, para tirar os
pecados de muitos; e aparecerá segunda vez, não para tirar o pecado, mas para
trazer salvação aos que o aguardam.
Com relação à Novilha ela é uma tipologia de
Jesus Cristo.
Todos os detalhes, a cor totalmente vermelha
(dois fios brancos já deixavam a novilha imprópria), morrer fora do arraial,
transferência da pureza para impureza, os versículos citados acima são claros
demais para uma análise.
Da mesma forma as “Águas Purificadoras –
“Águas Vivas”:
37
No último e mais importante dia da festa, Jesus levantou-se e disse em alta
voz: “Se alguém tem sede, venha a mim e beba. 38 Quem crer em mim, como diz a
Escritura, do seu interior fluirão rios de água viva”. (Jo 7:37-38)
4
e beberam da mesma bebida espiritual; pois bebiam da rocha espiritual que os
acompanhava, e essa rocha era Cristo. (I Cor 10:4).
Muito interessante nesse estudo semanal é o
seu significa profundo no tocante a raiz da palavra “Chucat”, ou seja:
Hõq. Estatuto, costume, lei, decreto. Também traduzidos em
algumas versões bíblicas como: “ordenanças”, “dever”, “obrigação”. O
substantivo masculino hõq provém da
raiz hãqaq, que significa “riscar” ou
“entalhar” e, daí, “escrever”.
Huqqâ. Estabelecimento (de uma lei),
estatuto, ordenança.
Huqqâ é empregado na frase “huqqôt ôlãm” (“estatuto perpétuo”), para
designar uma ordenança dada por Deus e que é obrigação permanente, por exemplo,
as regras sobre a Páscoa (Êx. 12:14), a festa dos Pães Asmos (Êx. 12:17; cf. 13.10),
A Festa dos Tabernáculos (Lv 23:41), Dia da Expiação (Lv 16:29, 31 34),
Sacerdócio Araônico (Êx. 29:9), a lâmpada permanentemente acesa (Êx. 27:21; Lv
24:3), a veste de linho do sacerdote (Êx. 28:43), o toque das trombetas (Nm
10:8), as leis acerca do estrangeiro peregrino (Nm 15:15) e as leis sobre a
imundícia (Nm 19:10, 21).
Este estudo tem o sentido de que uma ordem do
Eterno Deus deve ser impregnada em nossas vidas de uma maneira tal que não haja
diferença entre a Mitzva (mandamento) e a nossa Nepesh (Alma).
A mesma Palavra que esmiuçou a Penha (o dedo
do Eterno escrevendo as 10 falas (10 mandamentos), A Torah, conforme Jeremias
23:29), escreve em nossas vidas os seus mandamentos, instruções, decretos.
O Espirito Santo entalha em nossos corações à
vontade de Deus, quando buscamos verdadeiramente uma vida separada para Ele.
29
“Não é a minha palavra como o fogo”, pergunta o Senhor, “e como um martelo que
despedaça a rocha?
12 Pois a palavra de Deus é viva e
eficaz, e mais afiada que qualquer espada de dois gumes; ela penetra até o
ponto de dividir alma e espírito, juntas e medulas, e julga os pensamentos e
intenções do coração. (Hb 4:12.
A essência desse
estudo é isso, o Próprio Deus na Pessoa
do Seu Espírito Santo, escrevendo Sua Palavra em nossas vidas para que possamos
ser reconhecidos como povo Seu, discípulos de Jesus Cristo e não vivermos uma
religião de aparência, mas, vida prática no modelo da Palavra exemplificada por
Jesus em Mateus 5, 6 e 7, conhecido como o Sermão da Montanha.
“Quando Yeshua
acabou de dizer essas coisas, as multidões estavam maravilhadas da forma como
ele ensinava, porque ele não ensinavacomo os mestres da Torah, mas como quem
tinha autoridade própria”. (Mateus 7:28-29 - NTJ).
João 3:10-21
10 Disse Jesus: “Você
é mestre em Israel e não entende essas coisas?
11 Asseguro-lhe que
nós falamos do que conhecemos e testemunhamos do que vimos, mas mesmo assim
vocês não aceitam o nosso testemunho.
12 Eu lhes falei de
coisas terrenas e vocês não creram; como crerão se lhes falar de coisas
celestiais?
13 Ninguém jamais
subiu ao céu, a não ser aquele que veio do céu: o Filho do homem.
14 Da mesma forma como
Moisés levantou a serpente no deserto, assim também é necessário que o Filho do
homem seja levantado,
15 para que todo o
que nele crer tenha a vida eterna.
16 “Porque Deus tanto
amou o mundo que deu o seu Filho Unigênito, para que todo o que nele crer não
pereça, mas tenha a vida eterna.
17 Pois Deus enviou o
seu Filho ao mundo, não para condenar o mundo, mas para que este fosse salvo
por meio dele.
18 Quem nele crê não
é condenado, mas quem não crê já está condenado, por não crer no nome do Filho
Unigênito de Deus.
19 Este é o
julgamento: a luz veio ao mundo, mas os homens amaram as trevas, e não a luz,
porque as suas obras eram más.
20 Quem pratica o mal
odeia a luz e não se aproxima da luz, temendo que as suas obras sejam
manifestas.
21 Mas quem pratica a
verdade vem para a luz, para que se veja claramente que as suas obras são
realizadas por intermédio de Deus”.
Jesus Cristo é a
Palavra Viva, a Torah nos dada pelo Eterno Deus, toda a Sua Palavra é um
testemunho profético d’Ele.
Então caí aos seus pés para adorá-lo, mas ele me disse:
“Não faça isso! Sou servo como você e como os seus irmãos que se mantêm fiéis
ao testemunho de Jesus. Adore a Deus! O testemunho de Jesus é o espírito de
profecia”. (Apo 19:10).
Francisco Nicolau,
apóstolo
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