ESTUDO
SEMANAL
15 JUNHO
2013
SH’LACH
L’CHA “ - “ENVIA PARA TI”
LEITUR
Números 13:1 - 15:41
Josué 2:1-24
Hebreus 3:7-19
Números
13:1-3
1 E o
Senhor disse a Moisés: 2 Envie alguns homens em missão de reconhecimento à
terra de Canaã, terra que dou aos israelitas. Envie um líder de cada tribo dos
seus antepassados.
3 Assim
Moisés os enviou do deserto de Parã, conforme a ordem do Senhor. Todos eles
eram chefes dos israelitas. (Números 13:1-3 NVI).
O destino de um povo depende de sua decisão e
esta decisão precisa estar de acordo com a vontade de Deus. Este estudo semanal
nos trás ensino muito rico e também muito triste na história de Israel. O
livre-arbítrio é o poder de decisão que o homem tem e precisa ser usado de tal
maneira como se não tivesse.
Ouvi certa ocasião uma definição sobre
livre-arbítrio que me fez pensar: “livre-arbítrio é algo que é usado por quem
quer desobedecer a Deus”.
Claro que é um exagero, pois, podemos e
devemos usar nossa vontade em sintonia com a vontade de Deus, aliás, este é um
dos motivos pelos quais estudamos as suas Palavras e nos submetemos ao Seu
Espírito Santo.
“ENVIA
PARA TI”,
e não “ordenou o SENHOR a Moisés”...
O povo não conhecia a Terra da Promessa, Deus
estava conduzindo estas milhares de pessoas com carinho e amor paternal, da
mesma maneira que um pai conduz seu filho em meio a perigos preservando com
todo zelo e cuidado, mas, havia uma indagação nos corações dos israelitas: ...”seria realmente boa a terra da promessa?
Ou seria uma extensão deste deserto terrível?
Não podemos nos esquecer da experiência da “saudade
do Egito” que tinha pouco antes, tomado conta do coração do povo. Deus
ORDENA a Moisés separe 70 homens (autoridades) do povo para ajudá-lo na
condução da Congregação. Este ENVIA PARA
TI, foi porque o povo pediu e não Deus, pois Ele sabia o que era melhor
para Seus filhos.
A palavra de Deus era uma permissão, uma
autorização e não uma ORDEM.
Nossa relação com o Senhor deve ser de fé
absoluta, sabedores que somos que Seus planos são os melhores para as nossas
vidas. A Bíblia diz:
“Entregue
o seu caminho ao SENHOR; confie nele, e ele agirá”.
(Sl.
37:5)
Os Israelitas já tinham vivenciado várias
experiências com relação à Santidade de Deus. Viram os sinais, os livramentos,
as provisões e também o zelo de Deus no tocante à disciplina na Congregação. A
promessa de Deus é colocar Seu povo na Terra Prometida, lugar onde brota “leite
e mel”, a Terra da Esperança, do livramento, da alegria, da paz e da segurança,
mas tudo indica que havia no coração de muitos ali, uma interrogação: seria
o Eterno capaz? Esta terra de fato existia? Ou outra questão qualquer,
mas que no final a conclusão seria, dúvida,
incredulidade, onde motivou o desejo de “espiar a terra”.
Deus aceita a sugestão, não ordena esta
tarefa porque Ele conhece todas as coisas, conhecia muito bem a terra que tinha
prometido a Seu povo, conduzia com amor e cuidado a multidão, disciplinava como
um bom pai os filhos rebeldes e recalcitrantes e agora a vontade do povo será
ironicamente uma das maiores provas que irá passar.
Antes de prosseguirmos com a análise do texto
creio que até aqui já nos identificamos com situações pelas quais já passamos e
podemos ver onde vencemos ou fracassamos. Quando se questiona a Palavra do Pai,
quando desejamos “conferir” a possibilidade da promessa, saímos do “caminhar na
fé” e entramos no desfiladeiro “da morte” chamado: dúvida, incredulidade.
São separados os príncipes de cada tribo, o
texto os chama de ROSH que significa, cabeça. São doze, representando cada
tribo de Israel.
Moisés estabelece a tarefa, um mapeamento
estratégico que leva quarenta dias para a conclusão. Interessante notar o
número de dias, 40, número muito significativo na Bíblia, Moisés no monte para receber a Torah, Elias a caminho para receber o
comissionamento de Deus, os dias em que Jesus foi tentado no deserto, e outros
mais. Tempo suficiente para que longe da pressão da multidão, estes líderes
pudessem em concordância trazer uma palavra segura às suas famílias, haja vista
a confirmação da natureza da promessa de Deus quando contemplaram a terra e
colheram parte de seus frutos.
A desgraça acontece na volta dos 12, no
fatídico relatório quando duas coisas vão marcar o início da catástrofe:
Ø
Uma palavra
Ø
Uma ação
A palavra foi: “..... dela emana leite e mel,
e este é o seu fruto. PORÉM...
Em outras palavras, “não é bem assim”, “a coisa não vai ser fácil”, ou melhor,
disseram: “é impossível!!!”
“A
língua tem poder sobre a vida e sobre a morte; os que gostam de usá-la comerão
do seu fruto.” (Pv 18:21).
A liderança diante de seus discípulos precisa
saber o que vai falar e quais serão as conseqüências, suas palavras trarão
vida, cura, saúde, prosperidade ou, poderão levar o povo à destruição.
Para piorar a situação, além da palavra de
dúvida, eles agiram perversamente:
“E
espalharam entre os israelitas um relatório negativo acerca daquela terra.
Disseram: “A terra para a qual fomos em missão de reconhecimento devora os que
nela vivem. Todos os que vimos são de grande estatura.” (Nm 13:32 NVI).
A palavra correta é: DIFAMARAM A TERRA, ou seja, saíram pelo arraial influenciando as
suas famílias. Já havia em seus corações uma predisposição a isso. Dez espias
contaminados. Dois príncipes (Calebe = Judá, e Josué = Efraim) tentaram mudar o
quadro, mas não houve mais remédio para a situação. Graças a Deus Ele sempre tem
um remanescente fiel na terra para executar a sua vontade.
A Terra Prometida pelo Eterno Deus deixa de
ser (no relatório daqueles 10 homens) uma benção para ser INFAMADA.
Quantas vezes nós também não chamamos a bênção
de maldição?
Quando reclamamos de algo que recebemos de Deus
estamos fazendo a mesma coisa, um pequeno exemplo:
“Quem
encontra uma esposa encontra algo excelente; recebeu uma bênção do Senhor.” (Pv
18:22 NVI).
“Os
filhos são herança do Senhor, uma recompensa que ele dá”. (Sl 127:3 NVI).
A esposa é benção!
Os filhos são bênçãos!
Quando reclamamos estamos dizendo: “Deus,
você me enganou”!
Dois exemplos bem simples.
Voltemos ao texto bíblico.
Os 10 espias foram sagazes, prepararam um
relatório bem elaborado (para o mal) para provocar o pavor no povo, disseram: Amaleque, etc., DEPOIS que falaram o
nome Amaleque nem precisaria dizer o resto, pois o estrago estava feito.
O povo foi levado a duvidar de Deus, esta
hora seria a oportunidade de confirmar a aliança, o povo deveria declarar sua
fé no Deus Eterno”, mas, como resultado de tudo isso ainda foi acrescentado
outro mal maior: O POVO CHOROU A
NOITE INTEIRA.
“Naquela
noite toda a comunidade começou a chorar em alta voz.(Nm 14:1 NVI).
Segundo os Sábios, um choro que já dura mais
de 3.000 anos.
No comentário da Torah (Ed. Sêfer), nas
anotações de rodapé (pg. 427) diz o seguinte:
O
Rabino Rabá, em nome do Rabi Iochanan, disse: Aquela noite foi 9 de Av no
calendário Hebreu e no futuro as duas destruições do Templo ocorreram em 9 de
Av.
Podemos ainda acrescentar que, também foi no
dia 9 de Av (31 de março) de 1492, o casal Isabel e Fernando, os reis Católicos
da Espanha assinam o Édito de expulsão dos Judeus.
Impressionante demais, um choro longo que
atravessa séculos, mas, graças a Deus porque também Ele vai buscar e restaurar
Seu povo e enxugar dos seus olhos toda a lágrima:
“Pois a
sua ira só dura um instante, mas o seu favor dura a vida toda; o choro pode
persistir uma noite, mas de manhã irrompe a alegria.” (Sl. 30:5 NVI).
E ainda:
1 “O
Espírito do Soberano, o Senhor, está sobre mim, porque o Senhor ungiu-me para
levar boas notícias aos pobres. Enviou-me para cuidar dos que estão com o
coração quebrantado, anunciar liberdade aos cativos e libertação das trevas aos
prisioneiros,
2 para
proclamar o ano da bondade do Senhor e o dia da vingança do nosso Deus; para
consolar todos os que andam tristes,
3 e dar
a todos os que choram em Sião uma bela coroa em vez de cinzas, o óleo da
alegria em vez de pranto, e um manto de louvor em vez de espírito deprimido.
Eles serão chamados carvalhos de justiça, plantio do Senhor, para manifestação
da sua glória”. (Isaías 61:1-3 NVI).
Sabemos o final da história, ela terminará
com o Cântico de Moisés e o Cântico do Cordeiro (Apoc. 15:3). Não importa o
tempo que isso levará, mas, a vitória é certa, HALLELUYAH!
( Josué 2:1-24)
A conquista da terra prometida. Conquista e não um achado.
Josué e Calebe representam a nova geração de conquistadores,
a lembrança do fracasso ficou para trás, diante deles só há um caminho, uma
alternativa, AVANÇAR E VENCER!
Os espias vão examinar Jericó a “porta de entrada” para a
Terra Santa.
Uma prostituta será o instrumento de Deus, Raabe e num certo
sentido se torna a personalidade principal para o nosso estudo.
É uma estrangeira, vive uma vida promíscua e é onde vive que
os espias vão chegar. Raabe toma uma decisão de Fé, conhece a “fama” do Eterno
e crê que Ele vai cumprir Seus propósitos para com Seu povo.
Que magnífico! Ela não fazia parte do povo de Israel, mas têm
fé, segurança absoluta, intercede por sua casa, coloca sua vida e a dos seus
para proteger os espiais e aceita a aliança (fita escarlate), “a marca do
sangue” e é salva, ela e sua casa.
Entra para a história, o passado é apagado e seu nome é colocado
junto aos heróis da fé:
“Pela fé a prostituta Raabe, por ter
acolhido os espiões, não foi morta com os que haviam sido desobedientes”. (Hb
11:31 - NVI).
O sinal fala da marca do Sangue de Yeshua que
nos purifica de todo o pecado. O povo judeu foi separado por Deus para ser uma
benção a todas as nações. Aqueles que creram formaram o povo de Deus, um só
povo não divido em Israel e Igreja, mas somente, o Israel de Deus, ou seja, a
Comunidade dos Salvos.
O plano divino é para toda a família:
Eles
responderam: “Creia no Senhor Jesus, e serão salvos, você e os de sua casa”.
(Atos 16:31).
O plano é para toda a família, porém alguém
pode perguntar:
- E os que não aceitam?
Não podemos desanimar. Devemos confiar nas
promessas de Deus e saber que enquanto há vida, há esperança, e descansar na
soberania do Senhor.
O plano de Deus é salvar famílias.
Retornando ao texto: - Que diferença o
relatório destes dois espias! A segurança que Deus entregaria os inimigos nas
suas mãos.
Hoje também enfrentamos verdadeiros gigantes.
A cada dia temos uma “Jericó” para conquistar; mas ao estudarmos esta porção
semanal, somos lembrados que o nosso Deus é chamado de Eterno, Ele é o mesmo Yeshua
hoje, ontem e para sempre, Amém.
( Hebreus 3:7-19)
“7 Assim, como diz o
Espírito Santo: “Hoje, se vocês ouvirem a sua voz,
8 não endureçam o coração,
como na rebelião, durante o tempo da provação no deserto,
9 onde os seus antepassados
me tentaram, pondo-me à prova, apesar de, durante quarenta anos, terem visto o
que eu fiz.
10 Por isso fiquei irado
contra aquela geração e disse: O seu coração está sempre se desviando, e eles
não reconheceram os meus caminhos.
11 Assim jurei na minha ira:
Jamais entrarão no meu descanso”.
12 Cuidado, irmãos, para que
nenhum de vocês tenha coração perverso e incrédulo, que se afaste do Deus vivo.
13 Ao contrário,
encorajem-se uns aos outros todos os dias, durante o tempo que se chama “hoje”,
de modo que nenhum de vocês seja endurecido pelo engano do pecado,
14, pois passamos a ser
participantes de Cristo, desde que, de fato, nos apeguemos até o fim à
confiança que tivemos no princípio.
15 Por isso é que se diz:
“Se hoje vocês ouvirem a sua voz, não endureçam o coração, como na rebelião”.
16 Quem foram os que ouviram
e se rebelaram? Não foram todos os que Moisés tirou do Egito?
17 Contra quem Deus esteve
irado durante quarenta anos? Não foi contra aqueles que pecaram, cujos corpos
caíram no deserto?
18 E a quem jurou que nunca
haveriam de entrar no seu descanso? Não foi àqueles que foram desobedientes?
19 Vemos, assim, que por
causa da incredulidade não puderam entrar.” (NVI).
Por causa da incredulidade não puderam entrar
na Terra da Promessa.
As Escrituras Sagradas não somente nos
ensinam com todos os mandamentos, preceitos, modo de conduta em todas as
esferas de nossa vida como também com fatos históricos que lamentavelmente se
repetem e, às vezes, não aprendemos com os erros dos outros.
Há uma palavra que não me lembro à fonte
neste momento que é mais ou menos assim: “quem não conhece a história está destinado a
cometer os mesmos erros do passado”.
No caso da Bíblia Sagrada temos o próprio
modelo da Congregação do deserto, temos a Palavra de Deus para ser vivida de
uma maneira completamente diferente deles porque temos Aquele que nos ajuda na
revelação, a saber, “O Espírito Santo de Deus, temos Jesus Cristo que é a
Palavra Viva, Aleluia!
A igreja do primeiro
século estava plena, com a Revelação de Jesus Cristo cumprindo as promessas da
Antiga Aliança, cheia do poder do Espírito Santo, e é isso que precisamos, escolher as virtudes,
vivermos Cristo e fazermos a diferença num mundo totalmente perdido e confuso
onde a religião é desacreditada por ter um DISCURSO diferente da PRÁTICA.
Um ótimo final de
semana queridos, na Presença d’Ele,
Francisco Nicolau,
apóstolo
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