ESTUDO
SEMANAL
01 JUNHO 2013
BEMIDBAR = “NO
DESERTO”
LEITURAS
BÍBLICAS
Números 1:1 – 4:20
Oséias
2:1-22
Romanos
9:22-23
Números 1:1 – 4:20
1 O
Senhor falou a Moisés na Tenda do Encontro, no deserto do Sinai, no primeiro
dia do segundo mês do segundo ano, depois que os israelitas saíram do Egito.
Ele disse: 2 Façam um recenseamento de toda a comunidade de Israel, pelos seus
clãs e famílias, alistando todos os homens, um a um, pelo nome. 3 Você e Arão
contarão todos os homens que possam servir no exército, de vinte anos para
cima, organizados segundo as suas divisões. 4 Um homem de cada tribo, o chefe
dos grupos de famílias, deverá ajuda-los. (Números 1:1-4 – NVI).
Na
nossa Bíblia, Números é o quarto livro dos chamados “Livros da Lei”, e faz
parte do Pentateuco.
Na
versão hebraica ele é chamado Bemidbar, que significa “no deserto”.
É um livro muito importante, pois, trata do
período do povo israelita no deserto e, de experiências espirituais profundas,
que marcariam a vida do podo de Deus.
Sua importância para nossas vidas nestes dias
é pelo fato do grande paralelo que existe, de nossa realidade diária e a vida
daqueles nossos pais que, saindo de um tempo muito longo de cativeiro e escravidão,
são “burilados” por Deus, no silêncio e isolamento do deserto e as duras
experiências que enfrentarão, forjando assim, uma nova mentalidade e, também,
um caráter que os diferenciaram de outros povos, pois este povo é escolhido de
Deus.
O trabalho de Deus na vida de seu povo neste
primeiro momento visa incutir um sentimento de valor pessoal e dignidade.
No decurso da história da humanidade temos
visto que, as prisões, os “guetos”, os confinamentos em geral e em especial, a
assimilação, tem como objetivo, destruir a personalidade de um indivíduo,
abalar sua autoestima e descaracterizar sua individualidade.
Como este trabalho poderia ser feito?
Não é mais um grupo pequeno de 70 almas,
agora o censo apresenta o número de 603.550 homens da idade de 20 anos para
cima, sem contar os 22.000 levitas, uma grande multidão que, seguindo à direção
de Deus, começarão a marchar rumo a Terra Prometida.
A primeira coisa que Deus faz, é ordenar a
Moisés a numerar o povo por classificação familiar.
A “grande multidão” é formada por indivíduos,
com nome, com importância, com valor intrínseco.
Sabemos que Deus em Sua infinita sabedoria,
não precisava desta contagem.
Ele a pediu para o bem daquelas pessoas que
tinham suas personalidades destroçadas pelo longo período de cativeiro.
Seria necessário ser formada uma nova
mentalidade na vida do povo de Israel, e, isto aconteceria gradualmente no
dia-a-dia de vida no deserto, quando o povo estava a caminho da Terra Santa.
A ordem do censo por família é porque a personalidade
de uma pessoa está ligada à sua família, escravo não tem família, não tem
direito, não tem liberdade, não é feliz (não tem shalom).
Desde o princípio Deus estabeleceu a família
(Mishpãchâ= família, clã), como
prioridade, lugar de paz, amor, equilíbrio, responsabilidades e felicidade.
O povo é organizado por famílias com o
propósito de “retornar” ao “projeto original” de Adonay.
O deserto será o lugar de aprendizado do povo
de Israel.
Nestes dias temos aprendido que o melhor
seminário que existe é o seminário do “deserto”.
Somos também levados por Deus ao deserto para
sermos “trabalhados”, “ajustados”, “alinhados”, por Ele, para que, possamos
cumprir o propósito maior de nossa chamada.
Deus tem uma predileção toda especial pelo
deserto, talvez seja pelo fato que é o melhor lugar para o homem encontrá-lo.
Os homens de Deus sempre tiveram experiências
marcantes em suas vidas, mudanças ministeriais, direção, proteção, socorro,
etc., NO DESERTO.
Ele nos
leva ao deserto para o nosso próprio bem.
Ø
4 e entrou no deserto,
caminhando um dia. Chegou a um pé de giesta, sentou-se debaixo dele e orou,
pedindo a morte: “Já tive o bastante, SENHOR. Tira a minha vida; não sou melhor
do que os meus antepassados” (I Reis 19:4).
Aqui está novamente Elias no deserto, depois
de tantas vitórias, foge e aparentemente pede a morte (depressão profunda), na
realidade ele não queria morrer, pois, se o quisesse, era só ficar por perto de
Jezabel.
Mas, aqui neste deserto, ele se encontrará
com Deus que lhe dará direção e depois o tomará para Si mesmo.
Ø
A voz do Senhor faz
tremer o deserto; o Senhor faz tremer o deserto de Cades. (Sl 29:8).
Ø
Jesus, cheio do Espírito Santo, voltou do
Jordão e foi levado pelo Espírito ao deserto, (Lc 4:1).
Jesus Cristo primeiro é conduzido ao deserto
para ser provado e, então, inicia o Seu ministério.
Não há como fugir do “Deserto de Deus”.
O
Eterno é presente e fala no deserto.
O deserto é um lugar de proteção e segurança
quando estamos seguindo a Verdade do Eterno Deus.
Longe de ser um lugar perigoso e isolado, é
um lugar onde a Presença está conosco:
Ø 37 Ele tirou de lá Israel, que saiu cheio de prata e
ouro. Não havia em suas tribos quem fraquejasse.
38 Os egípcios alegraram-se quando eles saíram, pois
estavam com verdadeiro pavor dos israelitas.
39 Ele estendeu uma nuvem para lhes dar sombra, e fogo
para iluminar a noite.
40 Pediram, e ele enviou codornizes, e saciou-os com pão
do céu.
41 Ele fendeu a rocha, e jorrou água, que escorreu como
um rio pelo deserto.
42 Pois ele se lembrou da santa promessa que fizera ao
seu servo Abraão.(Sl. 105:37-42).
Neste estudo, vemos a importância que Deus dá
ao nome.
Em primeiro lugar, Ele mesmo se manifestará
ao povo, apresentando aspectos do Seu Santo Caráter através do Seu Nome,
exemplo:
“E
falou Deus a Moisés, e disse-lhe: ‘Eu sou o Eterno. E apareci a Abrahão, a
Isaac e a Jacob como Deus Onipotente, mas por Meu nome, Eterno, não me fiz
conhecer a eles’. (Êx. 6:2-3 – Torá – Sêfer).
Ele nos
conhece pelo nosso nome, aliás, Ele nos dá um nome novo:
Por amor de meu servo Jacó, de meu
escolhido Israel, eu o convoco pelo nome e lhe concedo um título de honra, embora
você não me reconheça. (Isaías 45:4 NVI)).
17 “Aquele que tem ouvidos ouça o que o
Espírito diz às igrejas. Ao vencedor darei do maná escondido. Também lhe darei
uma pedra branca com um novo nome nela inscrito, conhecido apenas por aquele
que o recebe. (Ap. 2:17 NVI).
O nosso nome é muito importante para Deus,
pois mostra a nossa individualidade, personalidade e, claro, nossa identidade.
Quando entregamos nossa vida a Jesus Cristo e
começamos a nova jornada da vida, a certeza que recebemos é, NOSSO NOME ESCRITO
NO LIVRO DA VIDA DO CORDEIRO.
Ø
Sim, e peço a você,
leal companheiro de jugo, que as ajude; pois lutaram ao meu lado na causa do
evangelho, com Clemente e meus demais cooperadores. Os seus nomes estão no
livro da vida. (Fl. 4:3 NVI).
Ø
O vencedor será
igualmente vestido de branco. Jamais apagarei o seu nome do livro da vida, mas
o reconhecerei diante do meu Pai e dos seus anjos. (Ap. 3:5 NVI).
Ø
Aqueles cujos nomes
não foram encontrados no livro da vida foram lançados no lago de fogo. (Ap.
20:15 NVI).
Somos realmente importantes a Deus. Fomos
criados com um propósito divino, e todos os nossos dias, foram escritos por
Ele, antes que o primeiro deles existisse (Sl. 139). HALLELUYAH!
Oséias 2:14-23
14
“Portanto, agora vou atraí-la; vou levá-la para o deserto e falar-lhe com
carinho.
15 Ali
devolverei a ela as suas vinhas, e farei do vale de Acor uma porta de
esperança. Ali ela me responderá como nos dias de sua infância, como no dia em
que saiu do Egito.
16
“Naquele dia”, declara o SENHOR, “você me chamará ‘meu marido’; não me chamará
mais ‘meu senhor’.
17
Tirarei dos seus lábios os nomes dos baalins; seus nomes não serão mais
invocados.
18
Naquele dia, em favor deles farei um acordo com os animais do campo, com as
aves do céu e com os animais que rastejam pelo chão. Arco, espada e guerra, eu
os abolirei da terra, para que todos possam viver em paz.
19 Eu
me casarei com você para sempre; eu me casarei com você com justiça e retidão,
com amor e compaixão.
20 Eu
me casarei com você com fidelidade, e você reconhecerá o SENHOR.
21
“Naquele dia eu responderei”, declara o SENHOR. “Responderei aos céus, e eles
responderão à terra;
22 e a
terra responderá ao cereal, ao vinho e ao azeite, e eles responderão a Jezreel.
23 Eu a
plantarei para mim mesmo na terra; tratarei com amor aquela que chamei
Não-amada. Direi àquele chamado Não-meu-povo: Você é meu povo; e ele dirá: ‘Tu
és o meu Deus’. ” (Oséias 2:14-23 NVI).
Na conclusão deste estudo, a passagem bíblica
sugerida é Oséias capítulo dois até o verso vinte e dois, completei com o vinte
e três por ver mais sentido.
Todo o livro vai tratar praticamente de dois
assuntos:
Ø
Castigo
de Deus sobre Israel (disciplina amorosa).
Ø
Promessa
de restauração (casamento).
Muito interessante é que, novamente aparece
“o deserto”.
Como falamos anteriormente, Deus tem uma
predileção de falar com Seu povo, no deserto.
As promessas referem-se ao futuro da
Comunidade Messiânica.
Todas as coisas foram criadas por Deus para
cumprirem um propósito de amor a seu devido tempo.
Há um tempo para cada propósito (Ecl. 3:1-14
c/ Jó 42:2 e Atos 1:7).
Estes tempos são na verdade, “estações
espirituais”.
“E disse-lhes: Não vos pertence saber os tempos ou as estações
que o Pai estabeleceu pelo Seu próprio poder” (Atos 1:7 – SCRIPTURAE – TEXTO
E.C.R. FIEL).
Estes acontecimentos têm a ver com o fim dos
tempos.
Estamos entrando segundo alguns, na “Estação
Tabernáculos”, ou seja, a proximidade da volta de Jesus Cristo.
Esta é uma das importâncias de se estudar as
Festas Bíblicas, para se conhecer os “tempos” ou “estações” do Eterno.
Quando estudamos os três Sete de Deus (as
Sete Festas Fixas, as Sete Parábolas de Mateus 13 e as Sete Cartas de Ap. 2s e 3),
buscando sempre a revelação divina, podemos entender o que o pai está fazendo
no mundo.
Olhando principalmente para os acontecimentos
em Israel.
Quando fazemos assim, somos levados a ouvir o
Shofar do Eterno, nos convocando para a Grande Santa Convocação final, chamada
T’SHUVÁ.
T’shuvá (retorno) é à volta às raízes
bíblicas, ou seja, Sua santa e bendita Palavra.
E o caminho da “restauração de todas as
coisas”.
Restaurando o Nome (Há SHEM), voltando à
Palavra, realizando às Festas Bíblicas como memorial e sinal profético do
Eterno e a plenitude e o poder da Comunidade do 1º século. HalleluYah!
Romanos 9:22-23 (24-27).
22 E se Deus, querendo mostrar a sua ira e
tornar conhecido o seu poder, suportou com grande paciência os vasos de sua
ira, preparados para a destruição?
23 Que dizer, se ele fez isto para tornar
conhecidas as riquezas de sua glória aos vasos de sua misericórdia, que
preparou de antemão para glória,
24 ou seja, a nós, a quem também chamou, não
apenas dentre os judeus, mas também dentre os gentios?
25 Como ele diz em Oséias: “Chamarei ‘meu
povo’ a quem não é meu povo; e chamarei ‘minha amada’ a quem não é minha
amada”,
26“Acontecerá que, no mesmo lugar em que se
lhes declarou: ‘Vocês não são meu povo’, eles serão chamados ‘filhos do Deus
vivo’”.
27 Isaías exclama com relação a Israel: “Embora
o número dos israelitas seja como a areia do mar, apenas o remanescente será
salvo.
Espetacular!
Nosso Pai querido através de Seu Maravilhoso
Filho, Yeshua, tem um plano perfeito para destruição das obras do adversário e
inimigo de nossas almas.
Deus sempre vence, os Seus planos nunca são
frustrados.
Alguns galhos foram arrancados (judeus) pela
sua incredulidade.
Outros galhos foram enxertados (gentios),
pela fé.
No final, porém, dos dois, um povo, O
REMANESCENTE FIEL, se levantará como a Noiva Querida de nosso Salvador e
reinará com Ele para sempre.
Está mais próximo que imaginamos, por isso
precisamos conhecer “os tempos” como os 200 príncipes da tribo de Issacar:
32. Da tribo de Issacar, duzentos chefes estrategistas, que
sabiam como Israel deveria agir em qualquer circunstância. Comandavam todos os
seus parentes. (1º Crônicas 12:32 – KJA).
Precisamos conhecer os tempos, precisamos
estudar Escatologia.
Não é nosso propósito ser dogmático, não
queremos discutir, as discussões não edificam. Precisamos sim, CONHECER OS
TEMPOS DO ETERNO PARA NOS PREPARAR PARA RECEBER YESHUA.
“Filhinhos, agora permaneçam nele para que,
quando ele se manifestar, tenhamos confiança e não sejamos envergonhados diante
dele na sua vinda. (1ª Jo 2:28 NVI)”.
“Bem-aventurado
aquele servo a quem o seu senhor, quando vier, achar fazendo assim” (Lc 12:43 –
Bíblia Scripturae – Almeida, Ed. Corr. e Rev. Fiel ao Texto Original).
Este primeiro estudo do livro de Números nos
edificará bastante e, nos motivará em nossa caminhada rumo ao nosso DESTINO
PROFÉTICO, que será, pela graça e misericórdia do Pai, GLORIOSO EM YESHUA!!!
SHABAT SHALOM
Francisco
Nicolau, apóstolo
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