ESTUDO SEMANAL
08 JUNHO 2013
NASSÔ – Quando te elevares
SÊ TU UMA BENÇÃO
Números 4:22-27
Juízes 13:2-25
João 12:20-36
22 O Senhor disse a
Moisés: 23 Diga a Arão e aos seus filhos: Assim vocês abençoarão os israelitas:
24 O Senhor te abençoe e te guarde;25 o Senhor faça resplandecer o seu rosto
sobre ti e te conceda graça;26 o Senhor volte para ti o seu rosto e te dê paz.
27
Assim eles invocarão o meu nome sobre os israelitas, e eu os abençoarei. (Números
6:22-27 – NVI).
Neste
estudo semanal encontramos nesta leitura a ênfase na Benção Sacerdotal, ela é
chamada Bircat Cohanim (Benção dos
Sacerdotes). No comentário de rodapé da Torá de Moisés (Sêfer – pg. 403),
diz que: ‘de acordo com o espírito da Torá e do Talmude, os Cohanim não são seres superiores que dão
a Sua (ênfase minha) benção, mas o
veículo por intermédio do qual a bênção de Deus desce e chega para o povo’...
Primeiro
vamos meditar no conteúdo da bênção. Ela pode ser vista e compreendida em toda
a sua plenitude, porque o plano de Deus nunca é pequeno e sim, pleno.
“O
SENHOR te abençoe e te guarde”
– É muito importante entender o propósito divino. Ele deseja sempre
abençoar Seu povo, o povo é d’Ele, foi conquistado por amor e não por meio de
guerras e violências. O Eterno deseja um relacionamento de amor e intimidade e
para isso providencia (levanta) homens que são escolhidos por Sua vontade
soberana e não por capacitação dos mesmos. Estes homens (sacerdotes) apesar de
serem iguais aos demais, tem sobre os ombros um chamado para num certo sentido intermediar, ou melhor, ser canal,
conduto, caminho, por onde fluirão as bênçãos do Deus Eterno sobre Sua
congregação. Nossa palavra ao povo de Deus deve ser sempre: Deus te abençoe e
te guarde. É o próprio desejo de Deus fazer isso, guardar e proteger Seus
filhos nesta caminhada terrena cheia de tantos imprevistos malévolos e
perigosos.
“O
SENHOR faça resplandecer seu rosto sobre ti” – significa transmitir a certeza da soberania de YHWH que vê
todas as coisas e nada pode escapar a Sua visão. (Provérbios 15:3 ‘Os olhos do SENHOR estão em toda a parte, observando
atentamente os maus e os bons’).
Atá El Roí – Deus que vê
tudo. Traz segurança
ao homem saber que está debaixo do olhar do Pai, em todos os momentos de suas
vidas, mesmo nas horas mais íntimas e particulares Ele os vê. Isto é muito
importante, pois desperta no filho de Deus a responsabilidade de quem anda em
Sua Aliança, é abençoado, protegido e guardado, mas também precisa levar uma
vida de santidade.
Seja gracioso
contigo; O SENHOR sobre ti levante o rosto e te dê a
paz.
Graça,
favor imerecido, provisão diária, livramento e bondade. Paz (Shalom), plenitude
de alegria, ausência de angústias, temores, insegurança quanto ao amanhã,
descanso n’Ele.
Temos
aprendido sobre a Graça (hên) e Misericórdia
(hemlâ), graça é favor imerecido,
receber o que não merecemos e misericórdia é não receber o que merecemos
Hallelu Yah! A graça de Yeshua nosso Salvador amado, Aquele que nos comprou da
morte para a vida em Seu Nome glorioso. O Castigo que nos trás a paz, estava
sobre Seus ombros.
Assim, porão o meu nome sobre os filhos
de Israel, e eu os abençoarei.
Há Shem – O Nome. Estamos selados no Nome. Levamos o
Nome de Nosso Remidor e Redentor Amado, no Seu Nome exercemos a autoridade
espiritual e nos diferenciamos das demais pessoas que não estão na Aliança com
DEUS no sangue de Jesus Cristo. O povo do Livro (Torá), o povo do Nome
(IGREJA), somos distintos porque já não somos mais estrangeiros nem peregrinos,
fomos chamados para fazer parte de família de Deus (Ef. 2:11-22).
(Juízes
13:2-25)
“2. Certo homem de Zorá, chamado Manoá, do clã da tribo
de Dã, tinha mulher estéril. 3. Certo dia o Anjo do SENHOR apareceu a
ela e lhe disse: “Você é estéril, não tem filhos, mas engravidará e dará à luz
um filho. 4. Todavia, tenha cuidado, não beba vinho nem outra bebida
fermentada, e não coma nada impuro; 5. e não se passará navalha na cabeça
do filho que você vai ter, porque o menino será nazireu, consagrado a Deus
desde o nascimento; ele iniciará a libertação de Israel das mãos dos
filisteus”. 6. Então a mulher foi contar tudo ao seu marido: “Um
homem de Deus veio falar comigo. Era como um anjo de Deus, de aparência
impressionante. Não lhe perguntei de onde tinha vindo, e ele não me disse o seu
nome, 7. mas ele me assegurou: ‘Você engravidará e dará à luz um filho.
Todavia, não beba vinho nem outra bebida fermentada, e não coma nada impuro,
porque o menino será nazireu, consagrado a Deus, desde o nascimento até o dia
da sua morte’”. 8. Então Manoá orou ao SENHOR: “Senhor, eu te imploro
que o homem de Deus que enviaste volte para nos instruir sobre o que fazer com
o menino que vai nascer”. 9. Deus ouviu a oração de Manoá, e o Anjo de Deus veio
novamente falar com a mulher quando ela estava sentada no campo; Manoá, seu
marido, não estava com ela. 10. Mas ela foi correndo contar ao marido:
“O homem que me apareceu outro dia está aqui!”
11. Manoá levantou-se e seguiu a mulher. Quando se
aproximou do homem, perguntou: “Foste tu que falaste com a minha mulher?”
“Sim”, disse ele. 12. “Quando as tuas palavras se cumprirem”, Manoá
perguntou, “como devemos criar o menino? O que ele deverá fazer?”
13. O Anjo do SENHOR respondeu: “Sua mulher terá que
seguir tudo o que eu lhe ordenei. 14. Ela não poderá comer nenhum
produto da videira, nem vinho ou bebida fermentada, nem comer nada impuro. Terá
que obedecer a tudo o que lhe ordenei”. 15. Manoá disse ao Anjo do SENHOR: “Gostaríamos que
ficasses conosco; queremos oferecer-te um cabrito”.
16. O Anjo do SENHOR respondeu: “Se eu ficar, não
comerei nada. Mas, se você preparar um holocausto, ofereça-o ao SENHOR”. Manoá
não sabia que ele era o Anjo do SENHOR. 17. Então Manoá perguntou ao Anjo do SENHOR: “Qual é o
teu nome, para que te prestemos homenagem quando se cumprir a tua palavra?”
18. Ele respondeu: “Por que pergunta o meu nome? Meu
nome está além do entendimento”. 19. Então Manoá apanhou um cabrito e a oferta de
cereal, e os ofereceu ao SENHOR sobre uma rocha. E o SENHOR fez algo estranho
enquanto Manoá e sua mulher observavam: 20. quando a chama do altar
subiu ao céu, o Anjo do SENHOR subiu na chama. Vendo isso, Manoá e sua mulher
prostraram-se, rosto em terra. 21. Como o Anjo do SENHOR não voltou a
manifestar-se a Manoá e à sua mulher, Manoá percebeu que era o Anjo do SENHOR.
22. “Sem dúvida vamos morrer!” disse ele à mulher,
“pois vimos a Deus!” 23. Mas a mulher respondeu: “Se o SENHOR tivesse a
intenção de nos matar, não teria aceitado o holocausto e a oferta de cereal das
nossas mãos, não nos teria mostrado todas essas coisas e não nos teria revelado
o que agora nos revelou”. 24. A mulher deu à luz um menino e pôs-lhe o nome de
Sansão. Ele cresceu, e o SENHOR o abençoou, 25. e o Espírito do SENHOR começou a agir nele quando ele se achava em
Maané-Dã, entre Zorá e Estaol.”
Temos neste texto a promessa e o nascimento
(cumprimento da promessa) de um filho a um casal, Sansão, cujo nome significa
“do sol”,
Shimshon, que provém da palavra hebraica Shemesh, que significa Sol, ele seria um sinal profético de
Yeshua HaMachiach que no futuro traria luz e salvação para seu povo e também
seria conhecido como O Sol da Justiça (Malaquias 4:2) - “Mas para vocês que reverenciam o meu nome, o
sol da justiça se levantará trazendo cura em suas asas. E vocês sairão e
saltarão como bezerros soltos do curral.”
Nazir
(Nazireu) é uma pessoa com voto de consagração a Deus, isto envolvia
compromisso da parte deste e tinha o privilégio de fazer parte do projeto do
Eterno. Sansão era um destes homens, levantado para livrar Israel de seu feroz
inimigo, operava debaixo da unção de Adonay, mas, um dia “desprezou” seu voto e
perdeu a unção de Deus. Sua força não estava no cabelo estava em Deus, no
arrependimento foi perdoado e usado ainda na morte para cumprir seu chamado.
Somos
todos nazireus (consagrados), temos uma missão como a de Sansão, se este era um
“tipo” do Messias, nós somos a extensão de Jesus Cristo, no poder do Espírito
Santo de Deus, cumprindo o chamado de nossa vocação:
Ø Como
prisioneiro no Senhor, rogo-lhes que vivam de maneira digna da vocação
que receberam. (Ef. 4:1).
Ø Conscientes disso, oramos constantemente por vocês,
para que o nosso Deus os faça dignos da vocação
e, com poder, cumpra todo bom propósito e toda obra que procede da fé. (II Ts
1:11).
Ø “... que nos salvou e nos chamou com uma santa vocação, não em virtude das nossas obras,
mas por causa da sua própria determinação e graça. Esta graça nos foi dada em
Cristo Jesus desde os tempos eternos,...” (II Tm 1:9).
( João
12:20-36)
Neste capítulo do Evangelho de João, encontramos o
Filho de Deus, Jesus Cristo, “O Ungido”, o Nazireu Nazareno, verdadeiro Sol da
Justiça e abençoador de todos os homens. Ele cumpriu em Sua Vinda e vida, todas
as promessas de Deus, venceu a morte, e com a sua ressurreição nos dá vida e
nos comissiona para fazer seu serviço:
Ø Ser Bênção e
abençoar outros – pelo fato de sermos seus Talmidim (discípulos) e também
Shaliachim (Emissários), precisamos também nos abster de tudo aquilo que é
impuro (obras da carne) e produzirmos o fruto do espírito.
Ø Ser luz – nossa luz deve brilhar em meio a um mundo
em trevas: “(8)Porque outrora vocês eram trevas, mas agora
são luz no Senhor. Vivam como filhos da luz, (9), pois o fruto da luz
consiste em toda bondade, justiça e
verdade; (10) e aprendam a discernir o que é agradável ao Senhor. (11) Não participem
das obras infrutíferas das trevas; antes, exponham-nas à luz. (Ef. 5:8-11).
(NVI).
No livro “Reflexões sobre a Torá” de Moshe
Grylak na pg, 185, o autor faz a seguinte citação que é muito oportuna neste
estudo:
“... conhecido linguista Rabi
Avraham Ibn Ezra, que aponta a palavra “nazireu” como sendo derivada do mesmo
radical de “nezer”, que significa coroa. Pois, segundo ele, “todos os seres
humanos são escravos dos prazeres do mundo, e o verdadeiro rei, que usa a coroa
real em sua cabeça, é todo aquele que é livre dos desejos”.
Creio que sobre os homens santos do Eterno repousa
uma coroa de glória que é a própria Unção que vem do alto.
“Se vocês são insultados por causa do nome de Cristo, felizes são vocês,
pois o Espírito da glória, o Espírito de Deus, repousa sobre vocês.” (I
Pe.4:14)
E quando estes fiéis terminarem suas jornadas
receberão a verdadeira coroa de Rei, pois reinarão com Jesus Cristo. Maranata!
“Quando se manifestar o Supremo Pastor, vocês receberão a
imperecível coroa da glória”. (I Ped 5:4).
A Igreja tem no presente a grande oportunidade de
cumprir a sua vocação e chamada. Num tempo de tantas trevas fica mais nítida à
Luz de Jesus Cristo sobre Seu povo.
A trombeta de Deus está soando convocando os santos
para a guerra espiritual destes últimos tempos.
Muitos não têm a sensibilidade de ouvir porque estão
presos às suas denominações e tradições de homens, são pessoas religiosas,
prisioneiras do espírito de religiosidade. Há uma Santa Convocação nestes dias,
não promovida por homens, mas, pelo próprio Deus que está levantando
“nazireus”, consagrados para levar a Sua Bênção, a Salvação aos perdidos e
chamar as “outras ovelhas” que Jesus falou em João 10, para apresentar a
Verdadeira Luz que ilumina o mundo, Yeshua; que virá como Rei para Governar as
Nações a partir de Jerusalém.
NASSÔ “quando te
elevares......sê tú uma benção!
Francisco
Nicolau, apóstolo
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