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Um grande abraço,

Francisco Nicolau, apóstolo

sábado, 4 de maio de 2013

Estudo Semanal - 04/05/13



ESTUDO SEMANAL

04       MAIO         2013
                                              
 “K’DOSHIM” – “SANTOS”
                                                            
                                                
LEITURAS BÍBLICAS

Levítico: 19:1- 20:27                                   
                        
Ezequiel 20:2-20, 22:1-19

1ª Pedro 1:13-16


Levítico: 19:1-2

Disse ainda o SENHOR a Moisés: “Diga a toda a comunidade de Israel: Sejam santos porque eu, o SENHOR, o Deus de vocês, sou santo” (Êxodo 19:1-2 – NVI).

O estudo desta semana tem como tema a santidade.
A ênfase que o Eterno e soberano Deus dá a esta palavra nos leva a crer na grande responsabilidade que temos como seus filhos; não encontramos Deus falando em outra parte das Escrituras para o seu povo imitá-Lo, somente no tocante à santidade, o padrão de vida projetado para a família de Deus.
A palavra “santificar” vem do hebraico “Kadash”, e também do contexto de “Kadosh – Santo” e “Kôdesh – santidade”; todas elas vêm do radical comum “Kad”, que significa “cortar, separar”.
Santo é, portanto, aquele que é “cortado”, “separado” do mundo para viver uma vida correta com Deus.
Todo o sistema sacrificial tinha por objetivo produzir a expiação da culpa para restabelecer a comunhão entre o homem e Deus.
A morte de Jesus Cristo na cruz do Calvário foi para a nossa redenção e também para a nossa santificação.
Deus ordena a Moisés que transmita a todo o povo suas palavras e dá detalhes específicos com relação aos pecados.
Quando o Eterno e soberano Senhor escolheu a Israel para ser seu povo, tomou todas as providências para que fosse “santo”, ou seja, separado.
Israel é o único povo, dentre todos os outros povos da terra, marcado por “sinais”, a começar da Torah.
É “marcado”, “sinalizado” no corpo (a circuncisão), geograficamente (Eretz Israel - A terra de Israel), na comida (a dieta Kasher), nas roupas (o talit, tiztizit), nas casas (a Mezuzah) e no tempo (os sábados).
Quando Deus fala de um povo santo, está falando de um povo separado para Si mesmo, para sua única glória.
Seria muito bom pensarmos nesta hora a respeito de todos os acontecimentos bíblicos acontecidos na Antiga Aliança (Antigo Testamento), para podermos entender como Deus leva a sério o padrão de santidade.
Sem nos alongarmos muito e considerando os homens santos, escolhidos por Deus, podemos analisar as vidas de Moisés, Arão, Miriã, Eli, Saul, Davi e tantos outros que, apesar de serem homens de Deus, com ofício divino, foram disciplinados por Deus quando pecaram e quebraram a santidade.
Ora, estamos falando de um tempo quando tudo era uma “sombra” das coisas vindouras, o Espírito Santo ainda não tinha sido dado permanentemente.
Poderíamos analisar somente a vida do rei Davi e verificarmos todos os seus feitos, suas virtudes, seus fracassos e conflitos e vermos como o Pai trata do assunto santidade.
Na Torah, o Eterno Deus lista com detalhes impressionante situações da vida em que seu povo deveria cuidar para permanecer em santidade.
Não há privilegiados que possam escolher uma vida fora do padrão divino e ainda assim continuar abençoado.
Um dos maiores exemplos é a vida do rei Salomão, que começou seu reinado com sabedoria, amor e santidade diante de Deus, mas no fim se corrompeu, por causa das muitas alianças espúrias.
Viver em santidade é viver debaixo da proteção de Deus e, mais ainda, é andar em sua presença.

Por causa da minha integridade me susténs e me pões na tua presença para sempre. (Salmos 41:12 – NVI).

Os teus mandamentos permanecem firmes e fiéis; a santidade, SENHOR, é o ornamento perpétuo da tua casa. (Salmos 93:5).

Esforcem-se para viver em paz com todos e para serem santos; sem santidade ninguém verá o Senhor. (Hebreus 12:14 – NVI).

Ezequiel 20:2-3


Então me veio a palavra do SENHOR: Filho do homem, fale com os líderes de Israel e diga-lhes: Assim diz o soberano, o SENHOR: Vocês vieram consultar-me? Juro pela minha vida que não deixarei que vocês me consultem. Palavra do soberano, o SENHOR. (Ezequiel 20:2-3 – NVI).

Veio a mim esta palavra do SENHOR; Filho do homem, você a julgará? Você a julgará essa cidade sanguinária? Então confronte-a com todas as suas práticas repugnantes e diga: Assim diz o Soberano, o SENHOR: Ó cidade que traz condenação sobre si mesma por derramar sangue em seu meio e por se contaminar fazendo ídolos.
Você se tornou culpada por causa do sangue que derramou e por ter se contaminado com os ídolos que fez. Você deu cabo dos seus dias; chegou o fim de seus anos. Por isso farei de você objeto de zombaria para as nações e escárnio em todas as terras.
Tanto as nações vizinhas como as distantes zombarão de você, ó cidade infame e inquieta. (Ezequiel 22:1-5 – NVI).

As passagens acima fazem parte de um total de versículos que apontam os pecados de Jerusalém, por terem quebrado a aliança com Deus.
Os textos são semelhantes aos de Levítico, capítulos 19 e 20, em que Deus enumera vários tipos de pecado que deveriam ser evitados e, agora, nas passagens de Ezequiel, encontramos justamente o contrário, todos os pecados
proibidos foram cometidos.
Em todo o Antigo Testamento podemos ver os julgamentos de Deus quando o seu povo deixava o caminho da santidade.
Uma das disciplinas mais duras foi o exílio na Babilônia, setenta longos anos que trouxeram prejuízos terríveis ao povo, por causa da sua desobediência.
Uma das coisas que nos chama a atenção em todos estes relatos é que os maiores pecados cometidos por Israel foram aqueles assimilados de outras nações.
Muitas vezes fizeram para si ídolos e cometeram práticas abomináveis contra o Eterno e, por isso, o povo foi duramente castigado.
Aí está o sentido de SANTIDADE, ou seja, “cortar” o vínculo com o mundo de pecados e ter uma vida separada, santa.
Quando se fala em cortar, estar separado, a palavra não está nos exortando a vivermos “fora do mundo”, o que seria impossível, mas nos exorta a viver no mundo e não fazer parte do seu mundanismo.
Precisamos ser luz, brilhar em meio às trevas e não sermos contaminados por ela.

Façam tudo sem queixas nem discussões, para que venham a tornar-se puros e irrepreensíveis, filhos de Deus inculpáveis no meio de uma geração corrompida e depravada, na qual vocês brilham como estrelas no universo. (Fil. 2:14-15 – NVI).

Afastem-se de toda a forma de mal. (I Ts 5:22 – NVI).


1ª Pedro 1:13-16

Portanto, estejam com a mente preparada, prontos para agir; estejam alertas e coloquem toda a esperança na graça que lhes será dada quando Jesus Cristo for revelado. Como filhos obedientes, não se deixem amoldar pelos maus desejos de outrora, quando viviam na ignorância. Mas, assim como é santo aquele que os chamou, sejam santos vocês também em tudo o que fizerem, pois está escrito: “Sejam santos, porque eu sou santo”. (1ª Pedro 1:13-16 – NVI).
O chamado à santidade não ficou restrito ao povo de Deus da Antiga Aliança, pelo contrário, a responsabilidade sobre nossos ombros é muito maior pelas condições que temos, tanto em conhecimento, como, principalmente, pelo Espírito Santo residente em nós.
A Nova Aliança é a revelação completa da Palavra de Deus, é a execução real dos propósitos divinos, por isso são coisas superiores, como diz o autor sagrado.

A ordenança anterior é revogada, porque era fraca e inútil (pois a Lei não havia aperfeiçoado coisa alguma), sendo introduzida uma esperança superior, pela qual nos aproximamos de Deus. (Hebreus 7:18-19 – NVI).

Agora, porém, o ministério que Jesus recebeu é superior ao deles, assim como também a aliança da qual ele é mediador é superior à antiga, sendo baseada em promessas superiores.
Pois, se aquela primeira aliança fosse perfeita, não seria necessário procurar lugar para outra. ( Hebreus 8:6-7 – NVI).

Na nova aliança, podemos entender claramente o que vem a ser uma vida que realmente agrada a Deus.
Não por regras, métodos ou sistemas, mas um relacionamento espiritual.
O fazer ou o praticar, tanto no sim como no não, são motivados por decisões interiores, e não apenas regras.
Não quero dizer que na primeira aliança foi diferente, pelo contrário, encontramos muitas vezes Deus falando que o povo O honrava somente com os lábios e não com o coração, seguiam as regras mecanicamente.

O SENHOR diz: “Esse povo se aproxima de mim com a boca e me honra com os lábios, mas o seu coração está longe de mim. A adoração que me prestam é feita só de regras ensinadas por homens. (Isaías 29:13 – NVI).

Em todo o tempo, o alvo para o homem sempre foi “em espírito e em verdade”, “com todo o seu ser, espírito, alma e corpo” etc.
Quando digo que a nossa responsabilidade é maior, é pelo fato de que, além de termos o Espírito Santo morando em nós, temos o exemplo dos nossos pais no passado.


“ Contudo, Deus não se agradou da maioria deles; por isso os seus corpos ficaram espalhados no deserto.
Essas coisas ocorreram como exemplos para nós, para que não cobicemos coisas más, como eles fizeram. Não sejam idólatras, como alguns deles foram, conforme está escrito: “O povo se assentou para comer e beber, e levantou-se para se entregar a farra. Não pratiquemos imoralidade, como alguns deles fizeram – e num só dia morreram vinte e três mil. Não devemos pôr o Senhor à prova, como alguns deles fizeram – e foram mortos por serpentes. E não se queixem como alguns deles se queixaram – e foram mortos pelo anjo destruidor.
Essas coisas aconteceram a eles como exemplos e foram escritas como advertência para nós, sobre quem tem chegado o fim dos tempos. Assim, aquele que julga estar firme, cuide-se para que não caia!” (1ª Coríntios 10:5-12 – NVI).

Essa passagem bíblica vem confirmar todo o nosso argumento apresentado neste estudo semanal.
Se houve santo rigor para os antigos, não será diferente para nós, que estamos vivendo os últimos dias.
Creio, sinceramente, que na mesma proporção que a revelação é maior em nossos dias, também a responsabilidade é bem maior, até porque a quem muito é confiado, muito será cobrado.
Devemos buscar a santidade diariamente, não é algo que se armazena para os dias seguintes, precisamos a cada dia de um renovo espiritual.
Por isso, é muito importante a comunhão diária com Deus, através das disciplinas clássicas, vida devocional etc.
A santificação é uma vida de separação, de busca por mais intimidade, mais profundidade, compreende nosso ser por inteiro.
A minha oração para todos vocês é:

Que o próprio Deus da paz os santifique inteiramente. Que todo o espírito, a alma e o corpo de vocês sejam preservados irrepreensíveis na vinda de nosso Senhor Jesus Cristo.
(I Ts 5:23 – NVI).

SHABAT SHALHOM!

Francisco Nicolau, apóstolo.

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