ESTUDO
SEMANAL
18 MAIO 2013
“B’HAR” – “NO MONTE”
LEITURAS BÍBLICAS
Levítico: 25:1 – 26:2
Jeremias
32:6-27
Lucas
4:16-21
Levítico:
25:1 – 26:2
Então disse o SENHOR a Moisés no monte Sinai: “Diga o
seguinte aos israelitas: Quando vocês entrarem na terra que lhes dou, a própria
terra guardará um sábado para o SENHOR. Durante seis anos semeiem as suas
lavouras, aparem as suas vinhas e façam a colheita de suas plantações. Mas no
sétimo ano a terra terá um sábado de descanso, um sábado dedicado ao SENHOR.
Não semeiem as suas lavouras, nem aparem as suas vinhas. Não colham o que
crescer por si, nem colham as uvas de suas vinhas, que não serão podadas. A
terra terá um ano de descanso, você, o seu escravo, a sua escrava, o trabalhador
contratado e o residente temporário que vive entre vocês, bem como os seus
rebanhos e os animais selvagens de sua terra. Tudo o que a terra produzir
poderá ser comido. (Levítico 25:1-7 NVI).
O estudo desta semana
começa com o mandamento de Shemitá: não trabalhar a terra ou colher seu produto
no sétimo ano.
O Eterno Deus também
abençoará a terra para que esta produza o suficiente para a necessidade de seus
filhos.
Quando completar o
sétimo ano sabático é ano de Jubileu.
Shemitá (Sábado da
terra).
Pode soar estranho
aos ouvidos dos povos ocidentais sobre o sábado da terra.
Se já é difícil para
muitos entenderem o Shabat, que dizer então do descanso da terra.
O que ocorre é o
seguinte, nosso amoroso Pai tem a sua criação em perfeita harmonia no planeta.
Há um cuidado divino
a todo ser vivo, sejam os homens, animais, vegetais, enfim, toda a criação.
Como “coroa da
criação”, o homem tem o privilégio de usufruir as dádivas do planeta para a
sua manutenção e satisfação.
No tocante ao
sacrifício de animais, há determinações de como fazê-lo.
Também no tocante as
colheitas idem.
Na realidade o que
Deus quer é evitar toda a forma de exploração, abuso, desperdício e a conquista
da riqueza pela especulação.
Dizem os cientistas que
o planeta tem condições de suportar e alimentar toda a população mundial sem
escassez, o que está trazendo problemas são as destruições provocadas pelo
homem.
Não faltariam
alimento e água se o homem fosse responsável, a natureza foi criada e programada
para suprir toda a necessidade da humanidade.
Outra grande
preocupação que o Eterno Deus tem é para com os pobres.
Sempre vamos
encontrar tanto na primeira como na segunda Aliança, palavras divinas exortando
os homens a cuidarem dos pobres.
Não passem duas vezes pela vinha, nem apanhem as uvas que
tiverem caído. Deixem-nas para o necessitado e para o estrangeiro. Eu sou o
SENHOR, o Deus de vocês. (Levítico 19:10 – NVI).
“O Espírito do Senhor está sobre mim, porque ele me ungiu
para pregar boas novas aos pobres. Ele me enviou para proclamar liberdade aos
presos e recuperação da vista aos cegos, para libertar os oprimidos. (Lucas
4:18 – NVI).
Somente pediram que nos lembrássemos dos pobres, o que me
esforcei por fazer. (Gálatas 2:10 NVI).
A riqueza é bíblica
desde que conquistada naturalmente sem explorar o pobre e também não violentar
a natureza. Deus é que faz o seu filho prosperar.
O descanso da terra é
tão importante aos olhos de Deus como o descanso semanal.
Se há punição pela
quebra do shabat também pelo não respeitar o Shemitá, o descanso da terra.
O povo judeu foi
duramente disciplinado pela quebra deste mandamento.
No Comentário Bíblico
Broadman – volume 2 (Levítico – Rute), o autor diz o seguinte:
A lei do ano sabático começa com o reconhecimento da
santidade especial de cada sétimo ano, que remonta aos dias mais precoces da
povoação israelita de Canaã e a que faz referências no Livro da Aliança (Êx.
23:10-11). Nesse regulamento primitivo, os campos cultivados haviam de ser
deixados em
descanso todo sétimo ano. O motivo dado para assim se
proceder é o de prover alimento para os pobres de Israel. Por detrás disso,
jaz, sem dúvida, o conceito mais antigo de que, visto que a terra realmente
pertence a Deus, havia de ser deixada incultivada no sétimo ano, como sinal
dessa propriedade divina. O sétimo ano era para Deus, e o deixar a terra em
descanso era uma maneira de restituí-la ao seu verdadeiro proprietário.
Relacionado com isso, havia o desejo prático de permitir
que o que crescia no sétimo ano fosse colhido pelos pobres, que não tinham
nenhuma terra própria deles. Por conseguinte, usufruiriam de algum benefício da
terra que Deus tinha dado a seu povo. (pg. 87).
O princípio é o da
liberalidade, o equilíbrio em tudo o que fazemos.
Se não há hoje em dia
este hábito no tocante a terra deve existir no coração do homem de Deus a
disposição mental para o trabalho em sintonia com o divino.
Há pessoas que
trabalham demais, não porque precisam, mas, por avareza, por falta de fé,
buscam desesperadamente “garantir” o futuro, muitas vezes pagando um preço bem
alto pelo abandono da família e a perda da saúde.
Hoje não se descansa
e nem se permite alguém descansar. Vivemos a tirania do “urgente”,
sempre correndo e quanto mais corremos menos tempo nos sobra.
A nossa era é a da
tecnologia, desde os objetos mais simples de uma cozinha aos mais sofisticados
equipamentos robóticos, tudo é prático, funcional, mas, não existe tempo de
sobra.
Como podemos falar em
“tempo com Deus”, isso é quase que uma utopia nos dias de hoje.
Temos aprendido com
os mestres da espiritualidade que precisamos dedicar tempo de comunhão com Deus
praticando as disciplinas clássicas como: meditação, contemplação, solitude,
etc. Nossa natureza não permite, pois parece “tempo ocioso”.
Hoje nos alimentamos
com o prato e a xícara na mão, não conseguimos muitas vezes parar nem para
comer. Sentar com a família à mesa parece “luxo”, na realidade a humanidade
está correndo “atrás do vento”.
Como entender um
mandamento que ordena que o homem dê descanso a terra se este nem dá descanso a
seu corpo?
Como pensar em sábado
da terra se não é obedecido o sábado semanal para o homem?
Trabalhamos e não
temos o dinheiro, comemos e não matamos a fome, bebemos e ainda estamos com
sede, na realidade, a humanidade dos dias atuais está vivendo o que relata Ageu
no seu primeiro capítulo.
A igreja está fraca,
sem espiritualidade e sem poder por falta de tempo com Deus.
Será preciso nadar
contra a maré dos dias atuais, será preciso coragem para se mudar o modus vivendi atual.
Discute-se muito se o
sábado é somente para os judeus ou para todos os homens, diante do que lemos
nas Escrituras Sagradas, o princípio do descanso é para toda a humanidade e não
somente aos judeus.
A Palavra de Deus diz
que há um tempo determinado para cada coisa (Ecls. 3:1-8), tempo para
trabalhar, tempo para descansar, tempo para dar trabalho e tempo para dar
descanso.
Quebrar esse
principio divino afetará toda a criação desde o homem até a menor criatura do
planeta.
Jeremias 32:6-27
E Jeremias disse: “O SENHOR dirigiu-me a palavra nos seguintes
termos: Hanameel, filho de seu tio Salum, virá ao seu encontro e dirá: “Compre
a propriedade que tenho em Anatote, porque, sendo o parente mais próximo, você
tem o direito e o dever de comprá-la”....
Então compreendi que essa era a palavra do SENHOR. Assim
comprei do meu primo Hanameel a propriedade que ele possuía em anatote. Pesei a
prata e lhe paguei dezessete peças de prata....
Porque assim diz o SENHOR dos Exércitos, Deus de Israel:
‘Casas, campos e vinhas tornarão a ser comprados nesta terra’. (Jeremias 32:6,
8b, 15 – NVI).
Esta passagem da
Escritura é muito especial, pois, apresenta o direito de resgatar a terra no
jubileu como também encontramos aqui uma profecia da volta dos judeus a terra
depois de se cumprirem o exílio de setenta anos.
Os babilônios vão
tomar a terra, mas, Deus promete a seu profeta que um dia eles voltariam a
comprar e vender terras.
Ainda assim, ó Soberano SENHOR, tu me mandaste comprar a
propriedade e convocar testemunhas do negócio, embora a cidade esteja entregue
nas mãos dos babilônios! (Jeremias 32:25 – NVI).
Na economia divina
tudo funciona com base na legalidade.
Abraão comprou o
Campo de Macpela, Davi comprou a Eira de Araúna, Jeremias comprou o campo de
Anatote.
O castigo pelo pecado
é certo (setenta anos), mas, a garantia da restauração também, assim trabalha o
nosso Deus.
O jubileu é uma
garantia para que o escravo um dia fosse livre, a terra voltasse aos seus
primeiros donos, ou seja, liberdade de cativeiro. (Isaías 61).
Este sentimento de
justiça e dependência deve nortear o homem de Deus.
Nada é nosso, tudo é nosso,
não temos nada, no entanto, somos ricos.
Quanto mais eu
liberto um cativo mais livre serei.
Lucas 4:16-21
Ele foi a Nazaré, onde havia sido criado, e no dia de
sábado entrou na sinagoga, como era seu costume. E levantou-se para ler.
Foi-lhe entregue o livro do profeta Isaías. Abriu-o e encontrou o lugar onde
está escrito:
“O Espírito do Senhor está sobre mim, porque ele me ungiu
para pregar boas novas aos pobres. Ele me enviou para proclamar liberdade aos
presos e recuperação da vista aos cegos, para libertar os oprimidos e proclamar
o ano da graça do Senhor”.
Então ele fechou o livro, devolveu-o ao assistente e
assentou-se. Na sinagoga todos tinham os olhos fitos nele; e ele começou a
dizer-lhes: “Hoje se cumpriu a Escritura que vocês acabaram de ouvir”. (Lucas
4:16-21 – NVI).
Jesus Cristo é o
próprio sábado (descanso), Ele é o Jubileu (liberdade, ano aceitável).
A passagem acima foi
sugerida para completar o Estudo dessa semana como uma conclusão contundente do
ministério de Yeshua HaMaschiach.
Não dá para pensar em
missão ou igreja sem pensarmos nos escritos acima.
Ø Ungido para pregar o
Evangelho (Boas Novas).
Ø Proclamar liberdade
aos presos (libertação).
Ø Recuperar a vista aos
cegos (sinais e maravilhas).
Ø Libertar os oprimidos
(cura da alma).
Ø Anunciar o ano
aceitável ao Senhor (Reino Messiânico).
Ser discípulo é
seguir os passos do Mestre, fazer e ensinar o que ele mandou.
Igreja realmente
relevante vive “estas marcas” acima apresentadas.
Não mais a partir do
Monte Sinai, mas, do Monte Santo, o Eterno está nos convidando para um novo
tipo de vida nesses chamados “tempos do fim”.
Qual a sua resposta?
A minha continua
sendo: EIS-ME AQUI MEU SENHOR!
SHABAT SHALOM
Francisco Nicolau,
apóstolo
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