PORÇÃO SEMANAL PARA O DIA DO DESCANSO
ADAR
23 = 5772
17 DE MARÇO 2012
“P’KUDÊI” – “REGISTROS”
LEITURAS PARA O SHABAT
Torah: Êxodo 38:21 – 40:38
Haftará: I
Reis 7:51 – 8:21
Brit Hadashá: 2 Coríntios 3:7-18
Torah: Êxodo 38:21 – 40:38
Estas
são as contas do tabernáculo – o tabernáculo do testemunho – registradas, como
Mosheh ordenou, pelos l’vi’im, sob a direção de Itamar, o filho de Aharon, o
Kohen.
(êxodo
38:21 – Bíblia Judaica completa).
A porção desta semana
ainda trata do tabernáculo.
A Parashá tem como
título a palavra “registros”, ou enumeração, trata-se dos detalhes importantes
para a confecção de uma obra muito especial, que seria o local sagrado do
encontro de Deus com seu povo.
Qual a importância
desta tenda?
Qual a importância da
igreja local?
Ainda que diferentes entre
si, ambas apontam para a busca do espiritual, do eterno.
Desde a queda, o
homem tenta “voltar para casa”. A expulsão do casal do jardim do Éden trouxe um
“vazio” interior na alma do homem, que só é preenchido com a presença de
Adonay.
O tabernáculo era
necessário, pois seria um “ponto de contato” entre a criatura e o criador, e
vice-versa.
A necessidade e o
desejo de voltar para casa fez o homem muitas vezes afrontar o Altíssimo,
quando buscou fazê-lo com suas próprias mãos.
A torre de Babel é,
ao mesmo tempo, “uma busca do Paraíso sem Deus no controle”, resultou em
rebelião e em desgraça.
O tabernáculo foi
construído com toda a toda a direção e supervisão de Deus.
Levantarás o Tabernáculo segundo o modelo que te foi mostrado no
monte santo.
(Êxodo 26:30 – A Torá – Bíblia King James Atualizada).
Há um modelo a ser
seguido. Os sábios de coração foram escolhidos para essa obra, mas não poderia
existir aqui a opinião racional do homem, e sim a obediência irrestrita ao que
o Eterno falou.
É muito natural
encontrarmos pessoas que se opõem à obra de Deus, justificando “racionalmente”
os seus motivos.
Assim foram mudadas
as festas do Eterno. No começo, mudaram a data da Páscoa, para diferenciar a
Páscoa dos judeus da Páscoa da igreja.
Há uma só Páscoa
instituída por Deus, que para os judeus é hoje um memorial e, para nós, um fato
profético consumado, a alegria de nossa salvação na redenção realizada por
Yeshua HaMashiach.
Na construção do
tabernáculo, o povo foi convocado a ofertar e entregar esses recursos para a
execução da obra, não foram chamados a opinar sobre o “projeto”.
Hoje em dia, muitas
vezes, as igrejas sofrem “manipulação” por aqueles que Deus levanta com o dom
da liberalidade, e estes, pelo fato de serem os maiores ajudadores, querem que
suas posições prevaleçam de qualquer maneira, pelo fato de contribuírem para a
obra.
Existe uma planta.
Cada igreja local tem um chamado profético, e seu líder principal é o
responsável.
Não estou sugerindo
uma direção única, pelo contrário, a bíblia fala que na “na multidão dos
conselheiros há sábia decisão” (Pv 11:14).
Os conselheiros são
necessários para a execução de uma obra, mas a responsabilidade e a decisão
final ficam com aquele que o Eterno escolheu para a sua obra, como no caso de
Moisés.
É tão séria essa
questão, que o final do versículo abaixo é citado 19 vezes:
...”fez tudo o que o Eterno ordenou a Moisés”. (Êxodo
38;22 – Torá A Lei de Moisés – Ed. Sêfer).
Em cada detalhe da
execução da obra vinha este versículo, a razão principal foi o cuidado em se
fazer conforme o modelo visto no monte santo.
Toda a obra de Deus
tem “uma planta”, ou seja, uma direção ministerial, visões diferentes dentro do
mesmo projeto de Deus.
Um erro muito grande
é tentar imitar ministérios quando não se é chamado para os mesmos.
Um ministério
aparentemente bem sucedido provoca ciúmes (não deveria), e alguns procuram
imitar, sem terem sido chamados para tais.
Outras vezes,
pastores querem fazer “da mesma maneira” em todos os lugares, daí surgem às
denominações.
A igreja de Cristo é
ÚNICA, UNIVERSAL, e APOSTÓLICA, mas opera com variados dons e ministérios.
Fazer “o tabernáculo”
conforme o modelo nos poupa de comparações infundadas e desnecessárias, como
também do fracasso inevitável.
Gosto muito de
“registros memoriais” e “arquivos históricos”, para poder avaliar como andou e
anda a obra confiada em minhas mãos.
Aferir ministérios é
salutar, não com o padrão do vizinho, mas com aquilo que Deus colocou em nossos
corações.
Uma visão pode até demorar
a se concretizar, como no caso de Abraão, mas sendo de Deus, um dia os frutos
aparecerão.
FAZER COMO FOI VISTO
NO MODELO NO MONTE SANTO!
Haftará: I Reis 7:51 – 8:21
Assim,
todo o trabalho que o rei Shlomoh fez na cada de ADONAI foi terminado. Depois
disso, Shlomoh trouxe para a casa todas as coisas que David, seu pai, havia
dedicado – a prata, o ouro e os utensílios – e os colocou no tesouro da casa de
ADONAI. [(M’lakhin Alef (I Reis 7:51) – Bíblia Judaica Completa].
Aqui o texto fala da
conclusão do templo de Salomão e a sua dedicação.
Tanto o Tabernáculo
como o Templo, eram lugares de adoração e encontro com o Eterno, onde eram
levadas as ofertas e feitos os sacrifícios e as consagrações. Eram locais de
encontro de toda a comunidade, por ocasião dos sábados e das festas fixas. Na
realidade, era o coração do povo judeu.
Hoje, na segunda
Aliança, as coisas ficam mais simples e, ao mesmo tempo, mais complexas.
Somos “tabernáculo”,
“templo”, “altar”, “sacerdote” e ministramos numa nova dimensão.
Os lugares que
escolhemos não são tão importantes em si mesmos, mas sim nossas próprias vidas.
Quando analisamos o
valor do Tabernáculo e do Templo, e transferimos tudo isso para as nossas vidas
pessoais, sentimos um peso muito grande de responsabilidade.
Talvez, por não
vermos os símbolos (pois somos realidades vivas), barateamos a vida espiritual
ou transferimos nosso amor e dedicação para os “prédios” de alvenaria.
Os prédios,
instrumentos e objetos diversos, não são santos por si mesmos, se tornam santos
por causa de nossas vidas e a separação que fazemos para o Eterno.
Está faltando
espiritualidade na igreja dos nossos dias, busca-se mais “a bênção” que o
“abençoador”.
Foi criado um
paradigma de prosperidade anti-bíblico, que leva o crente moderno a se
descuidar da vida de profundidade (ser), para uma vida de valores ilusórios
(ter), em que o exterior não condiz com o interior.
A vida cristã, que
era piedade, amor e compaixão, tem se tornado uma competição, disputa de poder
e ostentação, em que os mais carentes não encontram lugar para ajuda e
comunhão.
A Igreja dos nossos
dias está se parecendo com a igreja imperial de Constantino, na qual a plebe (o
homem comum), não tinha direito à comunhão e nem à voz como indivíduo.
O modelo continua o
mesmo, pois o Deus é o mesmo.
A missão deixada por
Jesus Cristo continua valendo em nossos dias, cabe a cada um de nós fazer uma
reflexão e prepararmos caminhos seguros para os nossos pés.
Brit Hadashá: 2 Coríntios 3:7-18
E,
se o ministério da morte, gravado com letras de pedras, veio em glória, de
maneira que os filhos de Israel não podiam fitar os olhos na face de Moisés,
por causa da glória do seu rosto, a qual era transitória,
Como
não será de maior glória o ministério do Espírito?
Porque,
se o ministério da condenação foi glorioso, muito mais excederá em glória o
ministério da justiça.
Porque
também o que foi glorificado nesta parte não foi glorificado, por causa desta
excelente glória.
Porque,
se o que era transitório foi para a
glória, muito mais é em glória o que permanece.
(grifos meus)
Tendo,
pois, tal esperança, usamos de muita ousadia no falar.
E
não somos como Moisés, que punha um véu sobre a sua face, para que os filhos de
Israel não olhassem firmemente para o fim daquilo que era transitório.
Mas
os seus sentidos foram endurecidos; porque até hoje o mesmo véu está por
levantar na lição do velho testamento, o qual foi por Cristo abolido;
E
até hoje, quando é lido Moisés, o véu está posto sobre o coração deles.
Mas,
quando se converterem ao Senhor, então o véu se tirará.
Ora,
o Senhor é Espírito; e onde está o Espírito do Senhor, aí há liberdade.
Mas
todos nós, com rosto descoberto, refletindo como um espelho a glória do Senhor,
somos transformados de glória em glória na mesma imagem, como pelo Espírito do
Senhor. (II Coríntios 3:7-18 – Bíblia João Ferreira de Almeida – Edição
Corrigida e Revisada, Fiel ao Texto Original).
QUE
PASSAGEM BÍBLICA MAGNIFICA!
MEDITEM
NELA, POR FAVOR!!!
Quando analisamos a importância do
tabernáculo de Moisés e o templo, ficamos impressionados com os detalhes, com
sua importância etc.
A Presença do Eterno se manifestava lá, Sua Glória
Shechiná era o sinal da Sua presença. Deus com seu povo, aleluia!
Se não restam dúvidas de que a primeira
Aliança (ainda que passageira) era gloriosa, o que se dirá então da NOVA
ALIANÇA em Jesus Cristo?
É isso que o texto nos fala, a importância
superior de uma Glória permanente.
Já falamos bastante sobre os significados do
tabernáculo, do templo e seus utensílios em nossas vidas, mas agora algo novo é
acrescentado: A GLÓRIA DE DEUS!
Se,
pelo nome de Cristo, sois injuriados, bem-aventurados sois, porque sobre vós
repousa o Espírito da Glória de Deus. (1ª Pedro 4:14 – Bíblia de Estudo
Genebra).
É isso que a passagem acima está falando. Se
aquilo que era transitório era glorioso, quanto mais o que é permanente, a
posição que temos e o que somos em Jesus Cristo na Pessoa do Espírito Santo.
Algo está acontecendo em nossos dias, algo
bom em meio às trevas, Deus está levantando um povo nestes últimos dias para levantar seu Tabernáculo, para edificar sua Casa Grande e Maravilhosa.
A trombeta está soando, chamando os
trabalhadores da última hora, é preciso ter ouvidos para ouvir o que o Espírito
diz à igreja.
Somos aqueles que vão levar o ouro, as
ofertas para a obra desta última casa, que será mais gloriosa que a primeira.
As riquezas das nações são pessoas resgatadas
por uma igreja viva, profética e apostólica destes últimos tempos. O espírito
de religiosidade tenta amordaçar os verdadeiros profetas, o inimigo deseja ver
a igreja inoperante, morna, fechada em si mesma, com seus programinhas carnais,
que só servem para distrair as pessoas.
Chega! Basta! Chegou o tempo de um novo fluir
de águas vivas, o Poder de Deus está disponível àqueles que desejarem de
verdade.
Seja um deles, você está sendo chamado para
esta batalha, vem lutar e vencer com Jesus Cristo.
Guerrearão
contra o Cordeiro, mas o Cordeiro os vencerá, porque é Senhor dos senhores e
Rei dos reis, e os chamados, escolhidos e fiéis vencerão com ele.
(Apocalipse
17:14 – Bíblia Judaica Completa).
Shabat Shalom
Francisco Nicolau, apóstolo.
Nenhum comentário:
Postar um comentário