PORÇÃO
SEMANAL PARA O DIA DO DESCANSO
ADAR 09
= 5772 03
MARÇO DE 2012
“T’TSAVÊ” –
“ORDENA”
LEITURAS PARA
O SHABAT
Torah: Êxodo: 27:20 a 30:10
Haftará: Ezequiel 43:10-27
Brit Hadashá: Hebreus 13:10-16
Torah: Êxodo 27:20 – 30:10
20
“Ordene aos israelitas que lhe tragam azeite puro de olivas batidas para a
iluminação, para que as lâmpadas fiquem sempre acesas.
21
Na Tenda do Encontro, do lado de fora do véu que se encontra diante das tábuas
da aliança, Arão e seus filhos manterão acesas as lâmpadas diante do SENHOR, do
entardecer até de manhã. Este será um decreto perpétuo entre os israelitas,
geração após geração. (Êxodo 27:20-21 – NVI).
Na preparação para o Seu projeto de habitar
com sua criação, o Eterno Deus desenvolve seu plano com detalhes.
Quando estudamos a bíblia sagrada nos dias de
hoje, ficamos impressionados com tantos detalhes e, principalmente, com o tempo
dessa preparação até a execução, e ainda mais, falta a conclusão final, a
consumação dos séculos.
Nesta porção semanal, a atenção é voltada
para a ordem divina da construção do Tabernáculo, no hebraico MISKÂM.
É muito linda a maneira como Deus trabalha na
dimensão do entendimento do homem.
Sabemos que todas as coisas divinas são
primeiramente geradas na intercessão, para que aquilo que existe no espiritual,
se manifeste no natural.
Como já estudamos, cada peça do tabernáculo,
bem como as roupas e os detalhes dos trajes sacerdotais, são símbolos muito
fortes que falam no Reino do Espírito e tem um significado especial para o
homem.
Para efeito de estudo (meditação), vamos nos
deter na Lâmpada, no Óleo e na Luz, pois a mensagem central está nestes três
elementos.
A Menorá ou Candelabro representa Jesus
Cristo, a Luz do mundo. É uma peça de ouro batido com sete hastes e sete
cálices, onde é colocado o azeite para iluminar o Lugar Santo.
Essa peça ficava de frente para o Altar de
Incenso, entre este e a Mesa dos Pães da Proposição.
A Ordem divina era que a Luz deveria permanecer
acesa eternamente.
12
Falando novamente ao povo, Jesus disse: “Eu sou a luz do mundo. Quem me segue,
nunca andará em trevas, mas terá a luz da vida”. (João 8:12 NVI).
5
Enquanto estou no mundo, sou a luz do mundo”. (João 9:5 – NVI).
Desde o momento do pecado de nossos pais no
Jardim do Éden, as trevas invadiram a terra, o povo vivia em trevas e aguardava
a verdadeira luz que alumia.
“23
que o Cristo haveria de sofrer e, sendo o primeiro a ressuscitar dentre os
mortos, proclamaria luz para o seu próprio povo e para os gentios”. (Atos 26:23
NVI).
A Bíblia Sagrada é maravilhosa, porque ela
mesma se explica.
Ao estudarmos os textos paralelos e seu
contexto, não nos confundiremos.
Na passagem acima, fala que Jesus Cristo é a
Luz, tanto para os judeus como para os Gentios; não há outra luz, não há outra
regra, por mais cerimonial e bonito que possa parecer o ritual.
Quando o Eterno Deus forma o seu povo e desenvolve
o grande plano de salvação, usa símbolos que representam Jesus e ajudariam a “identificá-lo”,
quando viesse a Terra.
Às vezes, pode parecer que não damos os
devidos valores à Antiga Aliança; pelo contrário, também é a Palavra de Deus.
Eu entendo a primeira Aliança ao estudar a
segunda Aliança, e vice-versa.
Toda a Palavra de Deus é inspirada, mas é preciso
compreender o contexto e principalmente o que o Espírito Santo quer revelar
naquele momento.
É preciso orar para que os judeus e todas as
pessoas possam entender o plano divino revelado nas Escrituras Sagradas.
Muitos se prendem aos símbolos, parece que o
símbolo exerce uma atração tão forte que as pessoas se esquecem do principal, a
essência.
Dos judeus vieram, os patriarcas, a Torá e os
ensinos que levam à salvação que é realizada apenas pela fé na Pessoa de Jesus
Cristo.
1 Irmãos, o desejo do meu coração e a minha oração a Deus pelos
israelitas é que eles sejam salvos.
2 Posso testemunhar que eles têm zelo por Deus, mas o seu zelo
não se baseia no conhecimento. (Romanos 10:1-2 – NVI).
16 Portanto, não permitam que ninguém os
julgue pelo que vocês comem ou bebem, ou com relação a alguma festividade
religiosa ou à celebração das luas novas ou dos dias de sábado.
17 Estas coisas são sombras do que haveria
de vir; a realidade, porém, encontra-se em Cristo.
18 Não permitam que ninguém que tenha
prazer numa falsa humildade e na adoração de anjos os impeça de alcançar o
prêmio. Tal pessoa conta detalhadamente suas visões, e sua mente carnal a torna
orgulhosa. (Colossenses 2:16-18 NVI).
Gosto demais do símbolo do Candelabro e da
sua importância enquanto santuário terrestre, mas hoje ele me faz lembrar A Luz
que ilumina todos os homens, Jesus Cristo, o salvador de todos os que creem,
primeiro o judeu, depois o grego.
O Óleo, segundo elemento sobre o qual comentaremos,
fala da Pessoa do Espírito Santo, o óleo que “unge”, “alimenta”, “ilumina” e
“betuma”, segundo a ordem de extração.
Há uma correlação fantástica com o lugar do
maior sofrimento de Cristo (Jardim do Getsemâni, que significa “campo da
prensa”), onde Jesus, em agonia, suou gotas de sangue.
O Espírito Santo acompanhou o ministério
terreno de Yeshua, levou-O ao monte da tentação, esteve com ele em todos os
momentos e, depois, foi enviado por Ele a cada um de nós.
Intercede por nós com gemidos inexprimíveis, sofre,
se entristece e também nos ajuda.
O azeite era usado para “ungir” os reis e
profetas de Israel e também como instrumento de cura (Tiago 5).
Como símbolo, fala de plenitude, comunhão,
dependência e consagração, mas é a finalidade maior de trazer a luz que nos
interessa neste momento, a Luz que brilhava no santuário terreno e não poderia
apagar. Interessante!
Como falamos, o Candelabro ficava entre o
Altar de Incenso e a Mesa dos Pães da Proposição.
Haftará: Ezequiel 43:10-27
Então o homem me levou à porta, à
porta que olha para o oriente. E eis que, do caminho do oriente, vinha à glória
do Deus de Israel; a sua voz era como o ruído de muitas águas, e a terra
resplandeceu por causa da sua glória.
E,
cumprindo eles estes dias, será que, ao oitavo dia, e dali em diante, os
sacerdotes oferecerão sobre o altar os vossos holocaustos e as vossas ofertas
pacíficas;
e
eu me deleitarei em vós, diz o Senhor DEUS. (Ezequiel 43:1e 27 - Edição
Corrigida e Revisa, Fiel ao Texto Original).
Agora a ordem divina é com relação ao templo
na visão profética de Ezequiel.
Detalhes importantes na visão do profeta que
nos leva a pensar numa perfeição que não será alcançada pela mão humana, e,
sim, quando da volta gloriosa de Jesus Cristo para habitar conosco para sempre.
O comentarista da Bíblia de Estude de
Genebra, diz o seguinte com relação a esta visão (total) da restauração do
templo visto por Ezequiel:
O templo do Ezequiel
O templo restaurado de Ezequiel não é uma
planta, mas uma visão que enfatiza a pureza e a vitalidade espiritual do lugar
ideal de adoração e aqueles que irão ali para adorar. “A intenção não é a de
realizar uma obra física e terrestre, mas a expressão da verdade encontrada no
nome da nova cidade: O SENHOR está ali” (Ez. 48:35). Deus irá habitar no novo
templo e no meio do seu povo.
Bíblia Genebra – Editora Mundo Cristão – Ed.
1999 (página 970).
Concordo plenamente com este comentarista.
A visão é gloriosa de algo perfeito criado
pelo Próprio Criador para Sua exclusiva Glória e deleite.
O importante é saber que, nós fazemos parte
deste plano (v. 27).
HalleluYah!
Brit Hadashá: Hebreus 13:10-16
Para finalizar, vamos ler o texto sugerido da
Nova Aliança:
10
Nós temos um altar do qual não têm direito de comer os que ministram no
tabernáculo.
11
O sumo sacerdote leva sangue de animais até o Santo dos Santos, como oferta
pelo pecado, mas os corpos dos animais são queimados fora do acampamento.
12
Assim, Jesus também sofreu fora das portas da cidade, para santificar o povo
por meio do seu próprio sangue.
13
Portanto, saiamos até ele, fora do acampamento, suportando a desonra que ele
suportou.
14
Pois não temos aqui nenhuma cidade permanente, mas buscamos a que há de vir.
15
Por meio de Jesus, portanto, ofereçamos continuamente a Deus um sacrifício de
louvor, que é fruto de lábios que confessam o seu nome.
16
Não se esqueçam de fazer o bem e de repartir com os outros o que vocês têm,
pois de tais sacrifícios Deus se agrada. (Hebreus 13:10-16 – NVI).
Tudo
nos conduz ao SANTUÁRIO e à adoração.
Na Nova Aliança, cada salvo é templo,
santuário e altar, e precisa ser “cheio do óleo” para que sua luz brilhe
intensamente.
14
“Vocês são a luz do mundo. Não se pode esconder uma cidade construída sobre um
monte.
15
E, também, ninguém acende uma candeia e a coloca debaixo de uma vasilha. Ao
contrário, coloca-a no lugar apropriado, e assim ilumina a todos os que estão
na casa.
16
Assim brilhe a luz de vocês diante dos homens, para que vejam as suas boas
obras e glorifiquem ao Pai de vocês, que está nos céus. ateus 5:14-16 NVI).
15
para que venham a tornar-se puros e irrepreensíveis, filhos de Deus inculpáveis
no meio de uma geração corrompida e depravada, na qual vocês brilham como
estrelas no universo, (Filipenses 2:15 – NVI).
Quando cumprimos o nosso propósito de vida,
segundo o critério de Deus, nos tornamos “luz”, “altar”, “santuário” etc., e
carregamos conosco a Glória SH’CHINÁ, ou seja, a Própria Presença do Eterno em
nossas vidas.
Poderíamos ainda falar dos sacerdotes que
ministravam diante de Deus e dos homens. Na Nova Aliança, somos todos
sacerdotes.
9
Vocês, porém, são geração eleita, sacerdócio real, nação santa, povo exclusivo
de Deus, para anunciar as grandezas daquele que os chamou das trevas para a sua
maravilhosa luz. (1ª Pedro 2:9 – NVI).
Aqui encontramos a revelação e o resumo de
leis dos cerimoniais e sacrifícios veterotestamentário, à Luz de Jesus Cristo.
Somos templo, altar, luz, sacrifício e
sacerdotes do Deus vivo; nosso ministério não é passageiro, e sim eterno; nosso
material de trabalho são as pessoas, e nossos instrumentos são os dons do Espírito
Santo.
Um dia, prestaremos contas diante do Tribunal
de Cristo por tudo aquilo que fizemos através de nossos corpos.
Esta é a hora das trevas, portanto nossa luz
deve brilhar muito mais.
Só ouvimos falar de rumores de guerras,
perturbações, conflitos etc., o mundo está mudando rapidamente; creio que são
os sinais do fim.
Busquem adoradores do Deus Único e
Verdadeiro, sacerdotes comprometidos com seu chamado.
ORDENE-SE, faça-se um santuário, acenda-se a
luz, ofereçam-se sacrifícios de louvor.
Em meio a tantas denominações e grupos está
difícil identificar a Noiva Verdadeira, parece que estamos em meio à “obra de
homem”. Queremos ver a Glória de Deus, e ela refletirá na vida de Seus
consagrados.
Unamo-nos neste ideal de fazer a diferença em
meio a esta geração que vive em trevas.
Que o Santo Azeite Divino, O Espírito Santo
de Deus nos ajude na busca da santificação para realizarmos o Seu serviço.
Amém!
Francisco Nicolau, apóstolo.
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