ESTUDO SEMANAL
03 DE NOVEMBRO DE 2012
VAYERÁ – “E APARECEU”
LEITURAS BÍBLICAS
Gênesis
18:1 – 22:24
II Reis 4:1-37
II Pedro 2:4-11
Gênesis 18:1 – 22:24
1 O SENHOR apareceu a Abraão perto
dos carvalhos de Manre, quando ele estava sentado à entrada de sua tenda, na
hora mais quente do dia.
2 Abraão ergueu os olhos e viu três
homens em pé, a pouca distância. Quando os viu, saiu da entrada de sua tenda, correu
ao encontro deles e curvou-se até o chão.
3 Disse ele: “Meu senhor, se mereço
o seu favor, não passe pelo seu servo sem fazer uma parada.
4 Mandarei buscar um pouco d’água
para que lavem os pés e descansem debaixo desta árvore.
5 Vou trazer-lhes também o que
comer, para que recuperem as forças e prossigam pelo caminho, agora que já
chegaram até este seu servo”.“Está bem; faça como está dizendo”, responderam.
6 Abraão foi apressadamente à tenda
e disse a Sara: “Depressa, pegue três medidas da melhor farinha, amasse-a e
faça uns pães”.
7 Depois correu ao rebanho e
escolheu o melhor novilho, e o deu a um servo, que se apressou em prepará-lo.
8 Trouxe então coalhada, leite e o
novilho que havia sido preparado, e os serviu. Enquanto comiam, ele ficou perto
deles em pé, debaixo da árvore.
“Vayerá” – “e apareceu”, no original: “Adonai se fez visível”.
Toda
a Torah é maravilhosa demais, pois, é a própria Palavra do Eterno Deus.
No
tocante à vida de Abraão Ela (Torah) torna-se ainda mais especial, cada porção
é uma pepita muito preciosa, vamos, portanto meditar um pouco em alguns trechos
desta fabulosa leitura.
Como
comentamos no estudo anterior, a vida de Abraão é marcada por fé e obediência.
Fé
e obediência são duas chaves preciosas que precisamos ter para uma vida
vitoriosa com Yeshua.
6 Sem fé é impossível
agradar a Deus, pois quem dele se aproxima precisa crer que ele existe e que
recompensa aqueles que o buscam. (Hebreus 11:6 – NVI).
22
Samuel, porém, respondeu: “Acaso tem o SENHOR tanto prazer em holocaustos e em
sacrifícios quanto em que se obedeça à sua palavra? A obediência é melhor do
que o sacrifício, e a submissão é melhor do que a gordura de carneiros. (I
Samuel 15:22 – NVI).
O
que mais importa na vida cristã é o relacionamento com Deus.
Temos
aprendido na Antiga Aliança o valor dos símbolos, sua importância o profético e
principalmente os seus cumprimentos na totalidade em Yeshua.
Mais
ainda quando chegarmos à construção do Tabernáculo falaremos mais sobre esse
assunto, mas, agora podemos adiantar um pouco ao vermos na vida de Abraão, o
padrão divino para as nossas vidas.
O
texto bíblico fala que Abraão estava à porta de sua tenda ainda que fosse a
hora mais quente do dia, ele aguardava a visita!
Nos
comentários rabínicos é destacada aqui a hospitalidade de Abraão.
Parece
que é difícil demais entender que a Presença do Eterno visível era possível,
ainda que a Torah deixe bem claro este fato:
E
apareceu-lhe o Eterno junto a Eloné (planícies de) Mamré, e (Abrahão) estava
sentado à porta da tenda, quando esquentava o dia. E alçou seus olhos e olhou,
e eis que três homens estavam parados perto dele; e (os) viu, e correu ao seu
encontro desde a porta da tenda e prostrou-se em terra, e disse (ao maior): Meu
Senhor, se tenho achado graça em teus olhos, rogo-te que não passes de teu
servo. (Gênesis 18:1-3 -SÊFER).
Apesar
da descrição tão enfática da Torah com relação a um dos anjos, o fato de Abraão
se prostrar e chamar Senhor, não vi nos comentários que li uma alusão a este
fato (presença de Deus), e sim, destaque para o coração hospitaleiro de Abraão
que é uma das Mitzvot (mandamentos).
É
destacada pela maioria dos comentaristas que o centro desta Parashá é a
hospitalidade de Abraão. Alguns comentários (resumidos):
Ø
Abraão aguardava a chegada dos
visitantes para poder exercer a hospitalidade e ser abençoado pela obediência a
esta Mitzvá.
Ø
Pediu a graça de servir (o favor) e
ficou agradecido em poder ser atendido para poder exercer a hospitalidade.
Ø
Propôs-se em oferecer pouco,
quando, na realidade, ofereceu o melhor que podia dar.
Ø
Considerou a bondade dos visitantes
em permitir a ele (Abraão) poder servir.
Ø
E ainda, um comentarista apresenta
o grande contraste entre Abraão que servia contra a avareza e o egoísmo de
Sodoma e Gomorra, inclusive citando o seguinte texto bíblico de Ezequiel:
49 “Ora, este foi o pecado de sua
irmã Sodoma: ela e suas filhas eram arrogantes, tinham fartura de comida e
viviam despreocupadas; não ajudavam os pobres e os necessitados. (Ez. 16:49 –
NVI).
Realmente
a Palavra de Deus deixa bem clara a importância da hospitalidade aos olhos de
Deus, o cuidado com o estrangeiro é bem marcado em toda primeira aliança e
também ratificada na Nova Aliança:
13 Compartilhem o que vocês têm com
os santos em suas necessidades. Pratiquem a hospitalidade. (Rm 12:13 – NVI)
23 Gaio, cuja hospitalidade eu e
toda a igreja desfrutamos, envia-lhes saudações. Erasto, administrador da
cidade, e nosso irmão Quarto enviam-lhes saudações. (Rm 16:23 NVI)
2 Não se esqueçam da hospitalidade;
foi praticando-a que, sem o saber, alguns acolheram anjos. (Hebreus 13:2 –
NVI).
8 É, pois, nosso dever receber com
hospitalidade irmãos como esses, para que nos tornemos cooperadores em favor da
verdade. (3 João 1:8 NVI).
Mas
quero destacar o final da leitura desta porção, quando Abraão tem que entregar
seu filho em sacrifício ao Deus Altíssimo. (Gn 22:1-19).
Esta
prova será provavelmente a mais difícil na vida de Abraão, é a décima (número
10 fala de provas, fala de um período, como temos ensinado em mensagens
anteriores).
É
a entrega maior, entregar a benção, a promessa de Deus que agora é uma
realidade e Deus pede para Sí.
Gosto
de pensar e tentar entender o coração de Abraão, não há uma palavra de
reclamação, mágoa ou tristeza, apenas, obediência e confiança.
Deus
proverá o cordeiro para o sacrifício.
8 Respondeu Abraão: “Deus mesmo há
de prover o cordeiro para o holocausto, meu filho”. E os dois continuaram a
caminhar juntos. (Gn 22:8 – NVI).
Sim, realmente foi o que Deus fez (Elohim Irêh), providenciou o sacrifício de Seu Filho, muito
provável que foi no mesmo lugar (Moriah), para nós o Golgota, o Calvário.
O castigo que nos traz a paz estava sobre Ele e pelas
Suas pisaduras fomos sarados, HalleluYah (Isaías 53:5).
II Reis 4:1-37
1
Certo dia, a mulher de um dos discípulos dos profetas foi falar a Eliseu: “Teu
servo, meu marido, morreu, e tu sabes que ele temia o SENHOR. Mas agora veio um
credor que está querendo levar meus dois filhos como escravos”.
2
Eliseu perguntou-lhe: “Como posso ajudá-la? Diga-me, o que você tem em casa?” E
ela respondeu: “Tua serva não tem nada além de uma vasilha de azeite”.
3
Então disse Eliseu: “Vá pedir emprestadas vasilhas a todos os vizinhos. Mas
peça muitas.
4
Depois entre em casa com seus filhos e feche a porta. Derrame daquele azeite em
cada vasilha e vá separando as que você for enchendo”.
5
Depois disso ela foi embora, fechou-se em casa com seus filhos e começou a
encher as vasilhas que eles lhe traziam.
6
Quando todas as vasilhas estavam cheias, ela disse a um dos filhos: “Traga-me
mais uma”. Mas ele respondeu: “Já acabaram”. Então o azeite parou de correr.
7
Ela foi e contou tudo ao homem de Deus, que lhe disse: “Vá, venda o azeite e
pague suas dívidas. E você e seus filhos ainda poderão viver do que sobrar”.
28 E disse a mulher: “Acaso eu te pedi um filho, meu senhor? Não
te disse para não me dar falsas esperanças?”
29 Então Eliseu disse a Geazi: “Ponha a capa por dentro do
cinto, pegue o meu cajado e corra. Se você encontrar alguém, não o cumprimente
e, se alguém o cumprimentar, não responda. Quando lá chegar, ponha o meu cajado
sobre o rosto do menino”.
30 Mas a mãe do menino disse: “Juro pelo nome do SENHOR e por
tua vida que, se ficares, não irei”. Então ele foi com ela.
31 Geazi chegou primeiro e pôs o cajado sobre o rosto do menino,
mas ele não falou nem reagiu. Então Geazi voltou para encontrar-se com Eliseu e
lhe disse: “O menino não voltou a si”.
32 Quando Eliseu chegou à casa, lá estava o menino, morto,
estendido na cama.
33 Ele entrou, fechou a porta e orou ao SENHOR.
34 Depois deitou-se sobre o menino, boca a boca, olhos com
olhos, mãos com mãos. Enquanto se debruçava sobre ele, o corpo do menino foi se
aquecendo.
35 Eliseu levantou-se e começou a andar pelo quarto; depois
subiu na cama e debruçou-se mais uma vez sobre ele. O menino espirrou sete
vezes e abriu os olhos.
36 Eliseu chamou Geazi e o mandou chamar a sunamita. E ele
obedeceu. Quando ela chegou, Eliseu disse: “Pegue seu filho”.
37 Ela entrou, prostrou-se a seus pés, curvando-se até o chão.
Então pegou o filho e saiu.
Dois milagres operados por Deus usando a vida do profeta
Eliseu.
Um, o milagre da multiplicação do azeito em que liberou
a viúva de suas dívidas e provisionou recursos para ele (O Eterno é Provisão).
O outro milagre, foi trazer de volta à vida o filho (que
já era um milagre), da sunamita. (Yeshua é a ressurreição e a vida, quem n’Ele
crer ainda que morra viverá).
Provisão e vida são promessas para os fiéis. Ainda hoje
isso está acontecendo, porque Jesus Cristo é o mesmo hoje, ontem e eternamente.
(Hebreus 13:8).
II Pedro 2:4-11
4
Pois Deus não poupou os anjos que pecaram, mas os lançou no inferno,
prendendo-os em abismos tenebrosos a fim de serem reservados para o juízo.
5
Ele não poupou o mundo antigo quando trouxe o Dilúvio sobre aquele povo ímpio,
mas preservou Noé, pregador da justiça, e mais sete pessoas.
6
Também condenou as cidades de Sodoma e Gomorra, reduzindo-as a cinzas,
tornando-as exemplo do que acontecerá aos ímpios;
7
mas livrou Ló, homem justo, que se afligia com o procedimento libertino dos que
não tinham princípios morais
8
(pois, vivendo entre eles, todos os dias aquele justo se atormentava em sua
alma justa por causa das maldades que via e ouvia).
9
Vemos, portanto, que o Senhor sabe livrar os piedosos da provação e manter em
castigo os ímpios para o dia do juízo,
10
especialmente os que seguem os desejos impuros da carne e desprezam a autoridade.
Insolentes e arrogantes, tais homens não têm medo de difamar os seres
celestiais;
11,
contudo, nem os anjos, embora sendo maiores em força e poder, fazem acusações
injuriosas contra aqueles seres na presença do Senhor. (II Pedro 2:4-11 – NVI).
Esta palavra de conclusão é um grande alerta para as
nossas vidas.
Se por um lado vemos um Deus bondoso, amoroso, sempre
pronto a perdoar o contrito de alma, mas, também, justo Juiz, que trará à Luz
toda a maldade dos homens pecadores.
Esta passagem bíblica é muito atual, como se fosse o
registro dos dias em que estamos vivendo, um paralelo impressionante.
Quanto mais aumenta o mal (iniqüidade), mais temos que
nos santificar.
O texto bíblico acima fala de tempos de grandes
perversões e todos os tipos de imoralidade e fala também de juízo de Deus e
livramento de homens fiéis.
Esta porção tem por objetivo trazer à tona, verdades
vividas por nossos pais do passado, aprender com suas vidas e procedimento e
entendermos como age nosso Deus nestas situações.
Abraão fiel e obediente em tudo.
Ló, apesar da escolha errada (ambição), é chamado de
justo e, alguém que sofria em meio a uma sociedade corrompida.
Noé, pregador da salvação em tempos idos, da mesma
maneira, homem temente a Deus.
Estamos entrando em dias que segundo a bíblia, seriam
dias difíceis, comparados aos dias do passado.
Yeshua em Seu sermão escatológico, cita as mesmas
passagens, e, entendemos que estes dias em que estamos vivendo, são dias
finais.
Enfrentaremos todo tipo de perseguição, oposição,
desprezo, zombaria e também, seremos tentados em tudo. O objetivo do maligno é
de nos desviar do propósito que Deus tem para cada um de Seus filhos.
Por outro lado, sabemos também que todas essas coisas
indicam a proximidade de nossa redenção e a chegada do Reino Messiânico.
Tempos de lutas, conflitos, provas, entregas, renúncias,
mas, também, tempos de grandes oportunidades.
Logo os governantes deste mundo não terão mais nada a
oferecer as pessoas, e a Noiva de Yeshua, em Sua plenitude e santidade,
restaurada, marcará de uma maneira milagrosa o seu momento final no planeta.
Caminhamos para um avivamento. Temos que crer nesta
realidade, trabalharmos por ela, buscar de todas as maneiras, viver uma vida
justa e íntegra, e, estarmos prontos para a vinda do Noivo.
Restauração nos leva ao passado para olharmos o original
e também, nos aponta o futuro.
Olhar para trás para vermos a planta e olharmos para
frente e fazermos a Obra.
O modelo da planta esta na Torah,
as explicações estão nos profetas e na Nova Aliança revelada por Jesus Cristo.
Cabe a cada um de nós, TER FÉ E OBEDECER!
Talvez, algum “filho” terá que ir para o sacrifício, ou
lutas e provas, mas, o mais importante é que, na certeza, estaremos sempre na
Presença do Senhor.
Que o Próprio Espírito eterno de Deus (Ruach HaKodesh),
nos capacite e nos ajude nesta caminhada final, pois com certeza:
VAYERÁ
– “E APARECEU”!
SHABAT
SHALOM
Apóstolo
Francisco Nicolau
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