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Um grande abraço,

Francisco Nicolau, apóstolo

sábado, 14 de abril de 2012

Porção Semanal 14/04/12




PORÇÃO SEMANAL PARA O DIA DO DESCANSO

     NISAN  22   =  5772    14 ABRIL   2012
                                         
 “SH’MINI” – “OITAVO”
                                                           
                                                        
LEITURAS PARA O SHABAT

Torah: Levítico: 9:1- 11:47
                   
Haftará: 2º Samuel 6:1 – 7:17

Brit Hadashá: Atos 10:9-22, 34, 35

Torah: Levítico: 9:1- 11:47

Oito dias depois Moisés convocou Arão, seus filhos e as autoridades de Israel. E disse a Arão: “Traga um bezerro para oferta pelo pecado e um carneiro para o holocausto, ambos sem defeito, e apresente-os ao SENHOR. Depois diga aos israelitas: Tragam um bode para a oferta pelo pecado; um bezerro e um cordeiro, ambos de um ano de idade e sem defeito, para holocausto; e um boi e um carneiro para oferta de comunhão, para os sacrifícios perante o SENHOR, juntamente com a oferta de cereal amassada com óleo; pois hoje o SENHOR aparecerá a vocês”.
Levaram então tudo o que Moisés tinha determinado para frente da Tenda do Encontro, e a comunidade inteira aproximou-se e ficou em pé perante o SENHOR.
Disse-lhes Moisés: “Foi isso que o SENHOR ordenou que façam, para que a glória do SENHOR apareça a vocês”. (Levítico 9:1-6 – NVI).

Esta porção ainda trata das ofertas que deveriam ser oferecidas ao Eterno Deus.
Ainda que “sombras das coisas futuras” (Col 2:17), mas de uma importância muito grande aos olhos de Deus.
Moisés convocou todos os israelitas, não somente os líderes, mas, toda a congregação a ofertar e a maneira certa de ofertar ao Eterno.
A Palavra de Deus dá muito destaque às ofertas, pois, além do significado profético da “expiação” há ainda a maneira como o coração do homem se comporta.
  
Ofertar envolve crer no ato e em sua importância, também há um custo e um trabalho a ser realizado.
Através das ofertas sacrificiais seria mantido um relacionamento entre o Criador e sua criatura, uma entrega recíproca que seria o culto israelita ao Único Deus verdadeiro.
Na realidade o sacrifício em si mesmo não era importante, e, sim a maneira que se ofertava.

Não te deleitas em sacrifícios nem te agradas em holocaustos, se não eu os traria.
Os sacrifícios que agradam a Deus são um espírito quebrantado; um coração quebrantado e contrito, ó Deus não desprezarás. (Sl 51:16-17 – NVI).

O relato bíblico declara que quando o povo obedeceu e levou à entrada da Tenda do Encontro, o SENHOR apareceu com a sua glória.
Hoje estamos debaixo da nova Aliança, o sacrifício maior foi realizado pelo Cordeiro de Deus que tira o pecado do mundo, Jesus Cristo.
Os sacrifícios são hoje, nossas próprias vidas consagradas em louvor e adoração.

Por meio de Jesus, portanto, ofereçamos continuamente a Deus um sacrifício de louvor, que é fruto de lábios que confessam o seu nome. (Hebreus 13:15 – NVI).

A igreja perdeu bastante o sentido do louvor e da adoração espiritual.
Ganhamos muito com as músicas novas e perdemos ao abandonar nossos hinários.
Os hinos dos famosos hinários sempre traziam mensagens de adoração e, principalmente, doutrinárias.
Com o novo “músicas novas”, ganhamos a dinâmica das danças e a alegria de muitas letras bonitas, mas, perdemos em valores, pois, muitas músicas que ouvimos do chamado “louvor gospel” são verdadeiras aberrações teológicas.
O homem de maneira geral não aprendeu ainda que o novo seja agregado e não precisa descartar o antigo.
Hoje grandes partes das músicas são para “distrair” a congregação, criando um clima de “festa” que aparentemente é espiritual, mas que no fundo não tem conteúdo e principalmente a consciência de adoração ao Eterno.
Os hinos antigos como também os Salmos que eram cantados na igreja primitiva quase sempre eram cantados na terceira pessoa (nós), e os novos louvores quase sempre exaltam o “eu”, ex.: vou vencer, vou ganhar, já conquistei, quero o que é meu, minha herança, vou andar sobre as águas, sou como Zaqueu, traz para mim, meu direito eu quero, minha herança, etc.
Onde está a igreja nestas músicas? A importância congregacional? simplesmente, não existe.
Ao fazermos um paralelo que os sacrifícios da primeira Aliança e os louvores da Igreja, há um abismo muito grande entre o objetivo real e a prática que fazemos.
Sacrifício tem a ver com adoração e adoração tem a ver com encontro e intimidade com Deus.
  
Pelo fato de vivermos um novo tempo muitos permanecem vivos, apesar das aberrações que produzem no chamado “louvor”.
Muito “fogo estranho” é produzido em nossos arraiais nestes dias, graças a Deus que esses adoradores continuam vivos (pelo menos fisicamente).
  
Nadabe e Abiú, filhos de Arão, pegaram cada um o seu incensário, nos quais acenderam fogo, acrescentaram incenso, e trouxeram fogo profano perante o SENHOR, sem que tivessem sido autorizados. Então saiu fogo da presença do SENHOR e os consumiu. Morreram perante o SENHOR.
Moisés então disse a Arão: “Foi isso que o SENHOR disse: ‘Aos que de mim se aproximam santo me mostrarei; à vista de todo o povo glorificado serei’”.
Arão, porém, ficou em silêncio. (Levítico 10:1-3 – NVI).


Santidade é “conditio sine qua non”, para nossas entregas de sacrifícios de louvor e adoração.

Coloque tudo nas mãos de Arão e de seus filhos, e apresente-os como oferta ritualmente movida perante o SENHOR. (Êxodo29: 24 – NVI).

Quero, pois, que os homens orem em todo o lugar, levantando mãos santas, sem ira e sem discussões. (I Tm 2:8 – NVI).

O oitavo dia fala do domingo, o dia em que comemoramos a ressurreição do Senhor, estabelecido não como o Dia do Senhor que é o Sábado, mas, o dia do culto ao Senhor ressurreto.
Este é o dia em que nos encontramos com a maioria dos nossos irmãos.
Ainda que nos reunamos em grupos familiares em dias da semana, mas, no domingo, oitavo dia, nos reunimos como a congregação maior.
Este é dia de entregarmos o melhor de nossas vidas, ofertas e louvores espirituais Àquele que é digno de louvor e adoração.
Paulo nos orienta:

Então que farei? Orarei com o espírito, mas também orarei com o entendimento; cantarei com o espírito, mas também cantarei com o entendimento. (I Coríntios 14:15 – NVI).

Falando em si com salmos e hinos e cânticos espirituais, cantando e louvando de coração ao Senhor. (Efésios 5:19 – NVI).

Habite ricamente em vocês a palavra de Cristo; ensinem e aconselhem uns aos outros com toda a sabedoria, e cantem salmos, hinos e cânticos espirituais com gratidão a Deus em seu coração. (Colossences 3:16 – NVI).

Vamos refletir nessa palavra acima e se, Deus nos “mostrar” que nossas ofertas de louvor e adoração não estão atingindo “Seu coração”, é hora de pararmos e mudarmos.
  
Haftará: 2º Samuel 6:1 – 7:17

De novo Davi reuniu os melhores guerreiros de Israel, trinta mil ao todo. Ele e todos os que o acompanhavam partiram para Baalá, em Judá, para buscar a arca de Deus, arca sobre a qual é invocado o Nome, o nome do SENHOR soa exércitos, que tem o seu trono entre os querubins acima dela.
Davi e todos os israelitas iam cantando e dançando perante o SENHOR, ao som de todo o tipo de instrumentos de pinho: harpas, liras, tamborins, chocalhos e címbalos.
Quando chegaram à eira de Nacom, Uzá esticou o braço e segurou a arca de Deus, porque os bois haviam tropeçado. A ira do SENHOR acendeu-se contra Uzá por seu ato de irreverência. Por isso deus o feriu, e ele morreu ali mesmo, ao lado da arca de Deus.
(2 Samuel 6:1-2, 5-7- NVI).

O texto fala por si mesmo.
Davi vai buscar da arca de Deus, decisão correta. Seguem juntos trinta mil guerreiros e as demais pessoas seguiram num cortejo magnífico, adorando a Deus e foram buscar a arca santa.
A Bíblia diz que Davi e o povo iam cantando e dançando perante o SENHOR, mas, de repente...um problema.
IRREVERÊNCIA, estavam fazendo a “coisa certa” da maneira errada.
A passagem acima liquida de vez com qualquer argumento tal como: é para o Senhor que estou fazendo...
O simples fato de ser um culto ao nosso Deus significa que ele aceitará.
“Fogo Estranho” e “Irreverência” dão vistos em muitos de nossos cultos que mais parecem uma festa da carne, onde a sensualidade prevalece e a gritaria descontrolada, oferecidas como “ofertas ao Senhor”.
Depois que Davi buscou ao SENHOR ele viu seu erro, se preparou e conduziu a arca como deveria ser conduzida.
Precisamos conduzir a Arca como deve ser conduzida em nossas vidas.
  
Brit Hadashá: Atos 10:9-22, 34, 35
  
No dia seguinte, por volta do meio-dia, enquanto eles viajavam e se aproximavam da cidade, Pedro subiu ao terraço para orar. Tendo fome, queria comer, enquanto a refeição estava sendo preparada, caiu em êxtase. Viu o céu aberto e algo semelhante a um grande lençol que descia à terra, preso pelas quatro pontas, contendo toda a espécie de quadrúpedes, bem como répteis da terra e aves do céu. Então uma voz lhe disse: Levante-se, Pedro; mate e coma. (Atos 10:9-13 – NVI).

A passagem fala do contexto da conversão de Cornélio e a maneira tão especial como o nosso Deus desenvolveu seu plano.
Quero me deter um pouco na experiência de Pedro.
Enquanto aguardava a refeição, Pedro subiu ao terraço para orar.
Numa pequena fração de segundos, talvez poucos minutos, teve um experiência extraordinária com Deus.
  
Sem entrarmos em todos os aspectos tão ricos deste fato, quero pensar “no momento” em que Pedro viveu.
Deus falou com ele de uma maneira não comum, usando símbolos contrários a toda formação religiosa de Pedro, para lhe passar uma orientação importantíssima.
Pedro estava preparado, estava orando, aproveitando aquele breve momento enquanto a refeição estava sendo preparada.
Um pequeno momento e grandes coisas aconteceram porque aquele homem estava com o coração no lugar certo.
Que oração que ele estava fazendo? Creio que de adoração.
Hospedado e bem instalado e em perfeita paz, talvez estivesse louvando a Deus pelo grande milagre da ressurreição, ou sobre a bondade de Deus para com todos os judeus.
Não esperou o Shabat ou o primeiro dia da semana para cultuar e orar, àquele momento era propício, todos os momentos o são.
Deus procura homens assim, de todos os momentos e não apenas homens “santos nos dias de cultos”.
Homens que consideram todos os lugares santos e não somente o templo de sua igreja.
Adoradores de todos os momentos, que O adorem em Espírito e em Verdade. (João 4:24).
Ele não estava à mesa aguardando a refeição e contando piadas, aguardava em oração e aproveitava aquele momento para adorar o Criador, Seu Senhor.
Onde estão estes homens? Onde estão estes tempos de espiritualidade?
Precisamos humildemente olhar no espelho e dizer à imagem que vemos:
Você é este homem, faça de seu tempo um tempo de espiritualidade.
Tudo é uma questão de decisão.
Tudo é uma questão de começar.
Tudo depende de você, o Eterno aguarda a sua decisão e atitude!
Precisamos fazer a diferença, mesmo que ninguém veja e não sejamos reconhecidos pela mídia evangélica, ainda que não recebamos os aplausos do povo, com certeza teremos a aprovação d’Aquele que tudo vê.
Vamos começar uma nova caminhada nestes tempos chamados de “tempos do fim”.
Que o maravilhoso Espírito Santo de Deus nos ajude!

Com um sincero,

SHABAT SHALOM!


Francisco Nicolau, apóstolo.

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