ESTUDO SEMANAL
“BEMIDBAR” - “No Deserto”
Textos sugeridos:
(Númderos 1:1- 4:20; Oséias 2:1-22 e 1 Coríntios 12:12-20).
ADONAI falou a Mosheh no deserto do Sinai, na tenda do encontro, no primeiro dia do segundo mês do segundo ano após a saída da terra do Egito. Ele disse: “Faça o censo de toda a assembléia do povo de Yisra’el, segundo os clãs e as famílias. Registre os nomes de todos os homens com mais de 20 anos sujeitos ao serviço militar em Yisra’el. Você e Aharon enumerarão grupo a grupo. (Nm. 1:1-3 BJC).
Deserto é o local onde o Eterno trabalha com sua criatura.
Um povo que foi escravo por mais de quatrocentos anos, precisaria aprender a ter uma vida de relacionamento com Deus.
Seu passado foi de escravidão e sofrimento e precisaria ser forjado para viver uma vida livre e mais ainda, cumprir o propósito de ADONAI.
Andar com Deus é uma virtude e também uma arte, pois precisamos estar conectados a Ele em todo o momento em obediência às suas leis.
O deserto significa solidão, silêncio, calma, reflexão e espera.
Nunca chegaremos a uma plenitude ministerial e de vida cristã se não passarmos algumas vezes pelos desertos que o Espírito Santo nos conduz para nossos próprios benefícios.
O deserto não é um lugar de permanencia e sim, lugar transitório. Lá nos encontramos conosco mesmo e livres das pressões podemos refletir e tomar decisões.
O deserto não precisa necessariamente ser um lugar “isolado”, pode ser uma experiência interior de silencio e busca.
Quando estudamos as Disciplinas Clássicas aprendemos sobre “contemplação”, “solitude”
“meditação”, que na realidade são “momentos” de deserto, na presença de Deus.
Nossos dias são tão cheios de atividades que quase não para ouvir a voz de ADONAI.
Tomamos nossas próprias decisões sem consultar o Criador.
Devocional é raro na vida de muitos crentes, que dirá parar para ouvir a voz do Pai.
Na realidade o Pai deseja o relacionamento conosco. Ele nos leva ao “deserto” para um contato pessoal com Ele, com o intuito de nos revelar seus planos de amor para nossas vidas.
Em Oséias, Deus fala o seguinte:
Mesmo assim, o povo de Yisra’ el será tão numeroso quanto os grãos de areia do mar, que não podem ser medidos ou contados; portanto, chegará o tempo em que, em lugar de lhes dizer: “Vocês são meu povo”, lhes será dito: “Vocês são os filhos do Deus vivo”(Oséias 2:1-2 - BIBLIA JUDAICA COMPLETA).
Lamentavelmente vivemos um tempo de espiritualidade fria, sem paixão, sem vida.
Os cultos em muitas igrejas são verdadeiros rituais mecanicos, sinistros e sem a vida do Espírito Santo.
Não se busca a Deus, busca-se “a benção”, a ida a reunião é para uma possiblidade de troca e não de sacrificio dedicado ao Senhor.
O que entendemos por culto racional? sacrificio vivo?
Perdemos a fome pela Palavra de Deus e vivemos um cristianismo raso, superfical sem vida, sem poder.
Por outro lado, alguns dos chamados “neo-pentecostais”, são na realidade verdadeiros “mercadores” do templo, que exploram a igenuidade das pessoas e trazem vergonha ao nome do Jesus Cristo.
No início do Cristianismo muitos santos fugiram para as cavernas para fugirem do mundanismo e carnalidade de uma igreja que já começava a se tornar Imperial.
Sabemos que esse não é o caminho, e sim, provocar um protesto com nossas próprias vidas.
É hora de se recolher e não fugir. Buscar Deus em Sua Palavra. Conferir tudo como os Bereanos, e seguir o caminho da verdade a qualquer preço.
Muitos estão fazendo isso. Talvez você encontrará um grupo fiel que não tenha nada para ostentar ou apresentar naquilo que se convecionou de chamar “excelência”.
Possivelmente a reunião será simples, sem sofisticação ou aparelhagem de luxo, mas, você encontrará pecadores, falhos, desesperados por Deus, este é um bom lugar.
Antes porém de se buscar fora, é preciso encontrar dentro de você mesmo, de sua casa e de sua família, a Presença Divina e depois o lugar adequado para a comunhão.
Este tempo agitado em que vive a nossa geração, pede UM TEMPO DE DESERTO para nossas vidas, para que não sejamos levados pela maré do mundanismo e venhamos a falecer na miséria espiritual em que muitos estão perecendo.
Parar para ouvir Deus, não é simples, na realidade É UMA DISCIPLINA possível, só precisamos começar.
Depois de uma experiência com Deus no deserto com toda a certeza você sairá para UM JARDIM maravilhoso onde o bom e doce perfume do Céu, marcará sua vida para sempre.
Talvez seja o remédio que você esteja precisando para curar todas as suas dúvidas e preocupações.
Tenham todos, um ótimo final de semana na presença do Senhor.
Francisco Nicolau, apóstolo
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